Comprar ou vender?

Por que varejista salta 12% nesta quinta (10) mesmo após prejuízo milionário?

10 ago 2023, 12:53 - atualizado em 10 ago 2023, 14:32
Riachuelo Guararapes
BBA e Santander tem recomendação neutra par ação do Guararapes (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

As ações da Guararapes (GUAR4) disparavam 11,76%, a R$ 6,94, por volta das 12h do pregão desta quinta-feira (10). O movimento acontece mesmo após a companhia divulgar resultados “fracos” no segundo trimestre do ano (2T23), mas os investidores se concentram nas tendências melhores para os próximos meses, dizem analistas.

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A dona da Riachuelo apresentou números fracos tanto na divisão de varejo quanto no setor de fintech, avaliam as esquipes do Itaú BBA e do Santander.

Atividades promocionais impactaram negativamente a lucratividade do braço de varejo, dizem Maria Clara Infantozz e equipe do BBA. Já a divisão de fintech sente os efeitos do cenário macroeconômico, com rentabilidade ruim mais uma vez, afirmam.

Por outro lado, a empresa compartilhou indicadores-chave de desempenho “encorajadores” em relação às vendas no varejo de junho e à melhoria dos créditos não produtivos (NPL) iniciais, destaca o BBA.

Ainda assim, Ruben Couto e os analistas do Santander afirmam que, no geral, o resultado foi negativo, principalmente pelo fraco desempenho do varejo e pelo aumento das despesas financeiras em relação ao mesmo período de 2022, devido à elevação da taxa Selic média no período.

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O Itaú BBA tem recomendação de market perform — performance em linha com a médio do mercado –. Já o Santander tem indicação neutra para GUAR4.

Procurada pelo Money Times, a companhia afirmou que mais informações sobre serão abordadas na reunião referente ao balanço, hoje às 15h00.

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O que anima os investidores de Guararapes?

Segundo os analista do Itaú BBA, os resultados foram fracos, como previsto, mas o lado positivo do balanço sugerindo um melhor impulso operacional à frente.

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Em primeiro lugar, os analistas destacam os níveis de estoque, que parecem saudáveis e ficaram estáveis no trimestre. Além disso, eles ressaltam que as vendas no varejo em junho apresentaram crescimento sequencial.

“Se essa tendência for mantida, as perspectivas para o braço de varejo no segundo semestre do ano provavelmente melhorarão”, dizem.

Infantozz e a equipe do BBA ainda afirmam que a abordagem restritiva de concessão de crédito da empresa tem dado frutos. Apesar de mostrar uma deterioração tardia do NPL, eles mostram uma melhora – o que também pode sugerir melhores cortes de crédito à frente.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.