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Guedes quer fechar capital da Telebrás e pode sobrar para ex-presidente do Palmeiras

17 dez 2019, 15:25 - atualizado em 17 dez 2019, 15:40
Telebras
Na vitrine: Telebrás está na lista de privatizações do governo (Imagem: Divulgação/Telebrás/Facebook)

O Ministério da Economia recomendou que a Telebrás (TELB3; TELB4) realize uma oferta pública de aquisição de ações (OPA), com o objetivo de comprar os papéis detidos por minoritários e fechar seu capital. O parecer foi repassado à diretoria da estatal pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações.

Segundo o Ministério da Economia, por ser uma estatal, a Telebrás corre o risco de transferir indevidamente recursos públicos para minoritários privados.

Isto porque, quando a União injeta recursos na companhia, a fim de cobrir eventuais rombos, eles se transformam em receita e, no limite, contribuem para lucros que serão distribuídos aos acionistas.

“Caso a empresa possua sócios minoritários e estes não aportem recursos proporcionais às suas respectivas participações, estar-se-á diante de uma transferência de renda da União para aqueles que, quando da distribuição dos resultados aos acionistas, serão remunerados com os frutos das receitas originadas pelas subvenções da União”, afirma o Ministério da Economia, em parecer reproduzido e divulgado pela Telebrás ao mercado.

Atualmente, 3,47% do capital da operadora é negociado na B3. O ministério também critica a presença, no quadro de acionistas, da Finep (6,51%), Banco Cruzeiro do Sul (2,29%) e de Paulo Almeida Nobre – sim, o ex-presidente do Palmeiras e que possui 0,43% da estatal.

Minoritário de destaque

Paulo Nobre entrou no capital da Telebrás em 27 de janeiro de 2012, quando comprou 7,80% das ações preferenciais da companhia em sociedade com o Manitu High Yield Fundo de Investimento, do qual Nobre era o único acionista. Na época, a operação causou estranheza no mercado, entre outros motivos, por ser comunicada pela Telebrás apenas 15 dias depois.

Paulo de Almeida Nobre, investidor e ex-presidente do Palmeiras
Paulo Nobre: entrada no capital da Telebrás causou polêmica (Imagem: Divulgação/Instagram)

O ministério acrescenta que, “pelas razões expostas, entende-se relevante avaliar a procedência ao fechamento de capital da Telebrás, por meio de Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA), inclusive dos sócios minoritários citados.”

“Tais preocupações se fazem ainda maiores em decorrência de a empresa ter sido incluída, para estudos, no Programa de Parcerias de Investimentos – PPI”, reforça a equipe do ministro Paulo Guedes.

Veja a íntegra do comunicado da Telebrás ao mercado.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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