Guia de Black Friday 2025: como comparar preços, evitar golpes e usar a IA a seu favor
A Black Friday se consolidou como um dos grandes eventos do varejo brasileiro — e, como toda tradição, vem carregada de expectativa, compras planejadas com o décimo terceiro e aquela tentativa clássica de antecipar os presentes de Natal antes das multidões de dezembro.
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Mas o avanço da data trouxe também um efeito colateral: o volume de golpes cresceu na mesma proporção das ofertas. Segundo o Datafolha, um em cada três brasileiros foi vítima de algum tipo de fraude digital nos últimos 12 meses. Nesse ambiente, atenção virou item obrigatório na sacola.
Amador Neto, especialista em segurança da informação, lembra que 48,1% dos consumidores já desistiram de uma compra por desconfiarem do site ou aplicativo. O motivo é simples: os golpes evoluíram — mas as ferramentas de proteção também.
A seguir, o guia essencial para navegar pela Black Friday sem sustos.
Guia definitivo para uma Black Friday
Compare preços
A prática de inflar valores antes de novembro e oferecer “descontos” na sequência segue em cena. O famoso “metade do dobro” continua atual.
Por isso:
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Monitore o preço histórico em ferramentas como Buscapé, Zoom e Reduza;
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Se você já acompanha o item há dias, identifica rapidamente ofertas artificiais;
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Desconfie de promoções que reduzem o valor pela metade de forma abrupta.
Evite golpes com Pix e boleto
Fraudes envolvendo Pix e boleto seguem no topo — um terço das vítimas caiu justamente nesses métodos.
A recomendação é direta se houver qualquer dúvida sobre o site, finalize no cartão de crédito. O cartão permite contestação e bloqueio. Pix não.
Sites clonados continuam liderando as fraudes
O phishing domina a temporada: páginas quase idênticas às lojas oficiais criadas para capturar dados.
Antes de pagar:
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Consulte verificadores como Site Confiável e Reclame Aqui;
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Confira o endereço: um caractere fora do lugar pode ser suficiente para cair no golpe;
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Evite links recebidos por “promoções imperdíveis” em mensagens.
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Redes sociais concentram anúncios falsos
Segundo a Reuters, Facebook e Instagram faturaram US$ 16 bilhões em 2024 com propagandas de golpes ou produtos proibidos.
A lógica é simples:
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Desconfie de ofertas agressivas, com contagem regressiva ou pressão exagerada;
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Prefira comprar diretamente no site da loja;
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Preço baixo demais costuma sinalizar problema.
Reputação do vendedor importa
Antes de concluir a compra, pesquise:
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Reclame Aqui
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Ebit
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Procon
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Avaliações de outros consumidores valem mais que qualquer slogan publicitário. Histórico negativo não é exceção: é padrão.
Golpes por SMS e mensagens
Golpistas seguem usando o truque do “pagamento de taxa para liberar encomenda”. Esse aviso, em nome dos Correios, é sempre falso.
Diante de qualquer alerta suspeito: consulte o site oficial com o código de rastreamento.
Anti-vírus e navegação segura
Ainda vale:
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Mantenha um antivírus atualizado no computador;
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Ou, se preferir, finalize compras pelo celular, que possui camadas adicionais de proteção.
Use a inteligência artificial a seu favor
O Mapa de Descoberta das Ofertas 2025 mostra uma transformação clara nos hábitos de consumo. Segundo o estudo, Google(61,7%), sites das marcas (62,3%) e agora a inteligência artificial(21,1%) são os principais canais para localizar promoções na Black Friday.
A mudança é estrutural: o consumidor pergunta; a IA responde.
Ferramentas como ChatGPT, Gemini e Perplexity já são usadas para:
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Comparar preços (54,6%)
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Esclarecer dúvidas técnicas (45,4%)
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Descobrir produtos alternativos (30,1%)
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Avaliar a confiabilidade de marcas (24,2%)
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Receber análises de prós e contras (27,3%)
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Encontrar recomendações personalizadas (18,9%)
Resultado: a decisão de compra acontece antes de o consumidor acessar o varejo. E a compra por impulso perdeu espaço.
Direitos do consumidor na Black Friday
A legislação continua valendo e o consumidor deve observar:
Direito de arrependimento
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7 dias após o recebimento para cancelar compras online;
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A devolução inclui o frete.
Oferta enganosa
Se o preço muda na finalização, a loja deve honrar o valor anunciado.
Atraso na entrega
O consumidor pode exigir:
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novo prazo
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cancelamento
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reembolso total
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produto equivalente
Produto com defeito
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30 dias de prazo para itens não duráveis;
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90 dias para bens duráveis, como eletrodomésticos.
Fraudes em anúncios
O Procon orienta guardar prints da oferta e da página do item — isso serve como prova.