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Hackers chineses espionam infraestrutura crucial dos EUA, diz inteligência ocidental

25 maio 2023, 12:36 - atualizado em 25 maio 2023, 12:36
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A espionagem também teve como alvo o território da ilha de Guam, local de bases militares norte-americanas estrategicamente importantes, afirmou a Microsoft (Imagem: Pixabay/addlajutt172)

Um grupo chinês de hackers patrocinado pelo Estado tem espionado uma ampla gama de organizações de infraestrutura crucial dos Estados Unidos, desde telecomunicações a centros de transporte, disseram agências de inteligência ocidentais e a Microsoft na quarta-feira.

A espionagem também teve como alvo o território da ilha de Guam, local de bases militares norte-americanas estrategicamente importantes, afirmou a Microsoft em um relatório, acrescentando que “mitigar esse ataque pode ser um desafio”.

Embora China e Estados Unidos rotineiramente espionem um ao outro, analistas dizem que esta é uma das maiores campanhas de ciberespionagem chinesas conhecidas contra infraestrutura crítica norte-americana.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse nesta quinta-feira que as alegações de hacking são uma “campanha de desinformação coletiva” dos países da aliança Five Eyes, uma referência ao grupo de compartilhamento de inteligência formado por Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido.

Mao afirmou que a campanha foi lançada pelos EUA por razões geopolíticas e que o relatório dos analistas da Microsoft mostrou que o governo dos EUA está expandindo seus canais de desinformação para além das agências governamentais.

Não ficou imediatamente claro quantas organizações foram afetadas, mas a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) disse que está trabalhando com parceiros como Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido, bem como com o Federal Bureau of Investigation dos EUA para identificar violações.

Analistas da Microsoft disseram ter “confiança moderada” de que esse grupo chinês, apelidado de ‘Volt Typhoon’, estava desenvolvendo recursos que poderiam afetar a infraestrutura crítica de comunicações entre os Estados Unidos e a região da Ásia durante crises futuras.

“Isso significa que eles estão se preparando para essa possibilidade”, disse John Hultquist, que chefia a análise de ameaças da Mandiant Intelligence do Google.

A atividade chinesa é única e preocupante porque os analistas ainda não têm visibilidade suficiente sobre o que esse grupo pode ser capaz, acrescentou.

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