Economia

Haddad dá o recado: 2024 não será um ano fácil para o fiscal

23 ago 2023, 15:52 - atualizado em 23 ago 2023, 15:52
Fernando Haddad, arcabouço fiscal
Haddad agradeceu ao Congresso pela aprovação do arcabouço fiscal, mas lembrou que as contas de 2024 estarão apertadas. (Imagem: Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados. Haddad agradeceu ao Congresso Nacional e ao presidente da Câmara, Arthur Lira, pela conclusão da votação, destacando que existia uma expectativa pela troca do teto de gastos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele ainda disse que o marco fiscal impõe uma estabilização da dívida pública e que o governo pretende trabalhar para que isso aconteça o quanto antes. No entanto, apesar de o arcabouço encaminhar o país para um cenário de equilíbrio fiscal, o ministro apontou que o ano de 2024 demandará atenção no quesito de orçamento.

“Obviamente que [2024] não será um ano fácil para nós, é muito desafiador o que estamos nos colocando”, disse em coletiva em Joanesburgo, onde acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do Brics.

Em relação à decisão dos parlamentares de retirar do arcabouço fiscal o dispositivo que muda a forma de cálculo da inflação deste ano e permitiria um incremento de até R$ 40 bilhões em gastos para o ano que vem, Haddad afirma que o mecanismo ainda pode ser aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja como ficou o arcabouço fiscal

O arcabouço fiscal substitui o teto de gastos, que estava em vigor desde 2016 durante o governo de Michel Temer, e define os limites e regras para o controle das despesas do governo e da dívida pública.

Os parlamentares optaram por deixar de fora da regra fiscal os gastos com o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). No entanto, também retirou a emenda que permitia ao governo prever as chamadas despesas condicionadas no Orçamento.

Meta
O novo marco fiscal prevê zerar o déficit já em 2024 e manter as contas do governo em superávit. Neste caso, quando houver sobra de dinheiro entre receitas e gastos, a quantia deve ser usada apenas para investimentos. Os limites e meta serão ajustados anualmente, sendo que a despesa primária será ajustada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Despesas
O texto também determina que as despesas ficam limitadas a 70% do crescimento da arrecadação do governo. Mas isso só se houver cumprimento da meta. Caso o governo não respeite a meta, o crescimento dos gastos fica limitado a 50%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como 2024 será o primeiro ano do arcabouço fiscal, a regra será diferente: neste caso, se a despesa for maior que 70% do crescimento real da receita primária, a diferença será abatida do limite para o exercício de 2025. Além disso, o limite vai levar em conta o período de inflação de julho de 2022 a junho de 2023.

Já a partir de 2025, passará a valer limites para o piso e teto do crescimento real dos gastos. O intervalo será de 0,6% e 2,5%.

Descumprimento da meta

Caso a meta não seja cumprida, o governo fica proibido de criar cargos que impliquem aumento de despesas; alterar de estrutura de carreira; criar auxílios; criar despesas obrigatórias; e conceder benefício tributário. Isso no primeiro ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Caso o descumprimento se mantenha, no segundo ano também ficam vetados os reajustes de despesas com servidores; admissão ou contratação de pessoal; e realização de concurso público, exceto para reposições de vacância.

*Com informações da Reuters

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar