Haddad não considera aumento no IOF como alta da carga tributária e cobra Congresso aprovação de corte de gastos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não considera as medidas que alteram alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciadas pelo governo no mês passado, como um aumento da carga tributária. Ele também cobra o Congresso por aprovação de corte de gastos esperando por votação.
“Eu não considero isso aumento da carga tributária porque a tua vida vai continuar (igual), a vida dos funcionários da empresa onde você trabalha vai continuar a mesma”, afirmou o ministro em entrevista ao Jornal Nacional nesta terça-feira.
- SAIBA MAIS: Fique por dentro dos melhores conteúdos do Money Times sem pagar nada por isso; veja como
Na entrevista, Haddad disse que o governo também trabalha no cortes de gastos, mas que as propostas esbarram na falta de apoio de deputados e senadores.
“Tem uma série de temas que estão já tramitando e que poderiam ser endereçados. Temos a questão dos supersalários, temos a questão da aposentadoria de militares, temos várias questões que podem ser resolvidas em um prazo muito curto”.
Pacote de medidas
Desde o primeiro anuncio de aumento do IOF, que previa uma arrecadação de cerca de R$ 20 bilhões apenas em 2025, o Governo Federal teve de recuar da medida após má repercussão no Congresso e no setor produtivo.
No último domingo, após uma longa reunião com lideranças do Congresso, um acordo definiu a revisão do aumento do IOF, mas com a compensação saindo de aumento de taxação para as bets e fim de isenções de impostos em investimentos.
Mesmo assim, as críticas ao pacote de medidas continuam, principalmente, do lado que será atingido com as mudanças, como empresas de apostas, agronegócio e instituições financeiras.