Cortes da Selic devem começar em algum momento nos próximos meses, diz Haddad

Próxima reunião do Copom acontece nesta semana. (Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (16), durante a J.Safra Investment Conference 2025, que espera que o ciclo de cortes da Selic comece “em algum momento dos próximos meses”, sem especificar uma data.

“Não sou do Banco Central, mas tudo me leva a crer que o ciclo de corte vai se iniciar em algum momento dos próximos meses, não sei precisar quando, não é da minha alçada”, disse Haddad.

“Vamos entrar em uma trajetória de queda de juros com sustentabilidade. Não só a reforma tributária, mas também as reformas das leis de seguro, a reforma creditícia, a economia verde e a economia digital.”

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Ele destacou que a melhora da inflação e a reancoragem das expectativas são fatores que contribuem para um cenário favorável à redução dos juros.

“Nós estamos com um câmbio a R$ 5,30. Isso tem um lado muito positivo. O impacto do câmbio sobre a inflação é notável no Brasil, em qualquer país, no Brasil em particular”, afirmou.

O ministro ressaltou também que o país pode olhar para o horizonte próximo com mais otimismo, diante de um equilíbrio mais favorável entre juros e câmbio.

Haddad acrescentou que a economia deve reagir rapidamente à flexibilização monetária, considerando o atual ambiente de negócios, e destacou os investimentos em infraestrutura em andamento.

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“O apetite para investir no Brasil vai crescer e vai se manifestar com muito vigor a partir do início do ciclo de corte de juros”, disse.

Selic vai cair?

A expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a Selic em 15% ao ano na reunião de setembro, que ocorre nesta terça (16) e quarta-feira (17).

O mercado ainda se divide sobre o início da flexibilização monetária: alguns projetam que o primeiro ajuste só aconteça no primeiro trimestre de 2025, enquanto outros já antecipam essa movimentação ainda em 2025.

Os diretores do Banco Central, por outro lado, mantêm um discurso cauteloso, afirmando que a taxa básica permanecerá em um patamar “significativamente contracionista por período bastante prolongado.”