Haddad reforça coro contra taxa Selic a 13,75% no 1ª dia da reunião do Copom; ‘taxa exageradamente elevada’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (21) que a taxa básica de juros (Selic) está “exageradamente elevada” e que há espaço para cortes.

A declaração de Haddad faz coro às críticas do governo ao atual patamar do juro básico, que está estacionado em 13,75% desde agosto de 2022. A fala do ministro ocorre no mesmo dia em que o Banco Central (BC) reúne-se para discutir o futuro dos juros no país.

“O Brasil está em uma situação favorável em relação aos seus vizinhos e ao resto do mundo. Nós não temos problemas geopolíticos, como a Ásia e a Europa, nossa inflação está mais controlada que nos resto do mundo”, disse Haddad.

“Nossa taxa de juros está exageradamente elevada, o que significa espaço para cortes, num momento em que a economia brasileira pode e deve decolar”, completou.

Haddad ainda disse que anseia por uma convergência entre a política fiscal e a monetária. Porém, para isso acontecer, as autoridades devem tomar as decisões corretas sem medo.

As falas do ministro da Fazenda foram feitas em um seminário do BNDES. O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão de juros amanhã (22).

Lula volta a criticar taxa de juros

Antes das declarações de Haddad, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva também havia criticado o nível da taxa básica de juros. Em entrevista ao Brasil 247 nesta terça-feira (22), Lula afirmou que a manutenção dos juros básicos pelo Banco Central é “irresponsabilidade” e que vai continuar brigando para reduzir a taxa.

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“Eu acho um absurdo a taxa em 13,75% num momento em que não existe excesso de demanda”. Lula disse ainda que não pode demitir Roberto Campos Neto, presidente do BC, e que mudanças na autoridade monetária só poderão começar a ser feitas daqui a dois anos.