Economia

Haddad reitera busca de metas fiscais e diz que governo não faz ajuste vendendo patrimônio

29 set 2025, 11:05 - atualizado em 29 set 2025, 11:05
haddad iof
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o governo não está fazendo ajuste fiscal vendendo patrimônio, acrescentando que continuará a perseguir as metas fiscais estabelecidas, tanto para 2025 quanto para 2026.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A meta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias)… está sendo perseguida com todo o esforço”, afirmou Haddad sobre o objetivo de 2025. “Para 2026 vai ser igual”, acrescentou, durante a Conferência Itaú Macro Vision, em São Paulo.

A meta fiscal para 2025 é de resultado primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos. Já o objetivo para 2026 é de superávit de 0,25% PIB, também com margem de 0,25 ponto percentual.

A questão da margem, no entanto, é atualmente alvo de questionamentos. Na quarta-feira passada, o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu enviar um alerta ao governo de que buscar o piso inferior da meta fiscal ao avaliar a necessidade de contenção de verbas não é compatível com as regras vigentes.

Se colocado em prática o entendimento do TCU de que deve ser dado foco ao centro da meta, o governo pode ser forçado a ampliar a contenção de verbas de ministérios.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Questionado sobre a questão, Haddad lembrou que esta interpretação do TCU conflita com o estabelecido pelo Congresso no Orçamento, mas disse que o ministério está mais preocupado em atingir o centro da meta.

“Ano passado eu poderia ter liberado R$ 20 milhões a mais de Orçamento, e fizemos questão de perseguir o centro da meta”, afirmou. “Mesmo diante de adversidade, a área econômica está sempre alinhada em torno de atingir as metas”, acrescentou.

Haddad afirmou ainda que o desafio do governo é continuar perseguindo as metas de inflação estabelecidas e que isso está sendo feito sem que haja venda de patrimônio público por meio de privatizações, como ocorreu no passado.

Ele também defendeu o trabalho do governo de recomposição da base arrecadatória.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Começamos a perder a base fiscal forte em 2014… Estamos fazendo 12 anos em que a Fazenda não enfrentou o debate, ou se enfrentou não teve sucesso”, pontuou Haddad.

O ministro afirmou ainda, durante sua participação no evento, que o governo atual recebeu um Orçamento que contava com 17% do PIB de receita líquida, o que segundo ele é “insustentável à luz da história dos últimos 20 anos”.

“Atingimos o equilíbrio fiscal com receita líquida girando em torno de 19% do PIB”, argumentou Haddad. “O que você via era atuação de lobbies… A queda de arrecadação não se deveu a cortes de impostos, mas de lobbies fazendo aumentar o gasto tributário para campeões nacionais. Nós conseguimos ir limando estes gastos tributários”, afirmou.

Em outro momento, Haddad voltou a defender o ambiente de negócios no Brasil e disse que o país pode crescer dentro da média mundial ou acima dela.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Futuro político

Ao falar durante o evento sobre seu futuro político, Haddad afirmou que “neste momento” não tem “intenção de ser candidato no ano que vem”.

A jornalistas na saída do evento, ao ser questionado sobre a possibilidade de permanecer no cargo em vez de se candidatar a um cargo público, Haddad desconversou. “Estou vendo como vamos caminhar”, disse. “Vou conversar com o presidente Lula sobre isso. Ele é o candidato.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar