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Hapvida e Notre Dame criam gigante de planos de saúde

28 fev 2021, 14:23 - atualizado em 28 fev 2021, 22:26
Hapvida
Emergente: três anos após IPO, Hapvida faz sua maior tacada ao se unir com a Notre Dame Intermédica (Imagem: Divulgação/ Hapvida)

As operadoras de planos de saúde Hapvida (HAPV3) e Grupo Notre Dame Intermédica (GNDI3) assinaram, neste sábado, um acordo para fundir suas operações. Pelo contrato, a Notre Dame será totalmente incorporada pela Hapvida, após uma operação que envolverá troca de ações e pagamento de uma quantia em dinheiro.

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A intenção das empresas de se unirem foi anunciada em janeiro.

A incorporação será feita em duas etapas. Na primeira, os acionistas da Notre Dame Intermédica receberão ações de uma subsidiária integral da Hapvida, a Hapvida Participações e Investimentos II. Na segunda fase, a própria subsidiária será extinta, e seus acionistas receberão ações da Hapvida.

Segundo o fato relevante divulgado pelas empresas, no final, cada ação da Notre Dame será trocada por 5,2490 ações da Hapvida. Os acionistas da Notre Dame também uma parcela em dinheiro, equivalente a R$ 6,45 por ação da empresa em processo de incorporação.

Termo de troca

Para calcular a relação de troca, foram considerados os preços médios ponderados pelo volume dos últimos 20 pregões anteriores a 21 de dezembro do ano passado, mais 15% de prêmio sobre o preço médio dos papéis da Notre Dame.

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A Notre Dame também foi autorizada a distribuir até R$ 4 bilhões em dividendos aos acionistas, mediante o cumprimento de certas condições.

A nova companhia que emergirá da fusão contará com 53,6% do capital nas mãos dos atuais acionistas da Hapvida, e 46,4% pertencentes aos egressos da Notre Dame. Essa distribuição será representada, no conselho de administração, por cinco representantes da Hapvida, 2 da Notre Dame, além de dois conselheiros independentes – cada um indicado por uma das empresas.

NotreDame
Reforço na rede: Notre Dame tem quase o mesmo número de beneficiários, mas rede própria de atendimento equivale a apenas 5% da da Hapvida (Imagem: NotreDame/Youtube)

Devido ao porte da operação, a fusão precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). O descumprimento do acordo prevê multas que podem variar de R$ 500 milhões a R$ 7 bilhões.

Gigante

A união da Hapvida e da Notre Dame criará uma gigante do setor de saúde. As empresas ainda não divulgaram seus resultados do quarto trimestre, mas, apenas para se ter uma ideia da dimensão do negócio, a receita combinada somaria R$ 14,1 bilhões até setembro de 2020.

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Desse total, R$ 6,3 bilhões viriam da Hapvida, e outros R$ 7,8 bilhões, da Notre Dame.

A geração de caixa, medida pelo ebitda, seria de R$ 3 bilhões, e o lucro líquido consolidado alcançaria R$ 1,3 bilhão.

Se já existisse, a nova companhia teria, em setembro do ano passado, 12,5 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos, e uma rede de quase 500 pontos de atendimento, entre hospitais, clínicas e pronto-socorros.

Veja o fato relevante divulgado pelas companhias neste sábado (27).

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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