Resultados

Hapvida (HAPV3): Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50% após os resultados do 3T25

14 nov 2025, 12:00 - atualizado em 14 nov 2025, 12:06
Hapvida , HAPV3
(Imagem: Facebook/Hapvida)

Após resultados mais fracos do que o esperado, a Ágora Investimentos/Bradesco BBI incorporou os números do balanço de Hapvida (HAPV3) do terceiro trimestre (3T25) e reduziu o preço-alvo das ações em quase 50% — um corte de R$ 24.

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Agora, o banco projeta as ações HAPV3 em R$ 27 no final de 2026 — o que representa um potencial de valorização de 43% sobre o preço de fechamento de ontem (13). O preço-alvo anterior era de R$ 51.

O banco também reduziu as estimativas de lucro da companhia em 2026 em 42%, para R$ 863 milhões, com base na sinistralidade e Ebitda estável para o próximo ano.

A Ágora/Bradesco BBI, por sua vez, manteve a recomendação de compra, mas “com viés cauteloso” em relação à fraca dinâmica dos resultados e considerando, “de forma conservadora”, o benefício fiscal do ágio da NotreDame Intermédica como um fator que pode elevar o potencial de valorização. 

Na avaliação dos analistas Marcio Osako e Larissa Monte, a classificação ainda é sustentada pelo valuation descontado em relação aos pares. HAPV3 está sendo negociada a 11 vezes o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) ante 17 vezes P/L da  Rede D’or (RDOR3). 

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A dupla também colocou na conta o anúncio do novo programa de recompra de 70 milhões de ações — que representa 24% dos papéis em circulação —, além das 20 milhões divulgadas no mês passado. Para eles, o movimento “pode fornecer um suporte para os preços das ações”.

Para o banco, “os resultados do quarto trimestre (4T25) devem permanecer desafiadores em outubro, com mais pressão de custos dos investimentos em andamento na rede própria e fraca alavancagem operacional”.

Onda de revisões

A Ágora/Bradesco BBI é a quarta instituição a revisar as estimativas para Hapvida após os números do 3T25. 

Ontem (13), em reação aos resultados, o BB Investimentos rebaixou a recomendação das ações de compra para neutro e o BTG Pactual cortou o preço-alvo de R$ 67 para R$ 50 no final de 2026. 

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Já o JP Morgan fez uma dupla revisão: rebaixou a recomendação de compra para neutra e reduziu o preço-alvo R$ 52 para R$ 39. 

Na noite da última quarta-feira (12), a operadora de saúde reportou um lucro líquido de R$ 338 milhões entre julho e setembro, alta de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

No período, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 746,4 milhões, diminuição de 2,1%, sem efeitos não recorrentes.

Mas os principais pontos de atenção foram o caixa da companhia e o aumento da taxa de sinistralidade (MLR): a operadora teve uma queima de fluxo de caixa livre de R$ 51,9 milhões no 3T25, pressionado pela piora do Ebitda; e o MLR subiu 1,4 ponto percentual, para 75,2%, motivada pelo aumento de ocorrências médicas.

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Com os resultados e a revisão dos bancos, as ações tombaram mais de 40% nesta quinta-feira (13). Nesta sexta-feira (14), os investidores continuaram a liquidar os papéis. Por volta de 11h20 (horário de Brasília), HAPV3 caía 3,23%, a R$ 18,28, figurando como a terceira maior queda do  Ibovespa (IBOV). 



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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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