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Harrods aprende a conviver com coronavírus em meio à reabertura

13 jun 2020, 14:05 - atualizado em 09 jun 2020, 17:40
Em vez de porteiros uniformizados abrindo portas de táxi, há um enorme estacionamento de vários níveis e uma estação de trem (Imagem: Divulgação/Harrods)

A Harrods sempre descartou amplamente a ideia de deslocar seu empório de compras de luxo de sete andares no exclusivo bairro Knightsbridge de Londres, onde está localizada há 170 anos.

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No próximo mês, quando o setor de varejo do Reino Unido reabrir as lojas na era do coronavírus, um shopping a alguns quilômetros de distância, em uma parte menos glamorosa da cidade, receberá um novo inquilino.

A Harrods exibirá peças do estoque com descontos durante a icônica venda de verão da loja de departamento britânica em um espaço que pode ajudar a cumprir o distanciamento social exigido pela Covid-19.

Em vez de porteiros uniformizados abrindo portas de táxi, há um enorme estacionamento de vários níveis e uma estação de trem.

Desde o glamour da Harrods até típicos shopping centers, varejistas se adaptam para que caixas registradoras funcionem novamente, enquanto o Reino Unido reabre um segmento da economia do qual depende mais do que outros grandes países europeus.

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A pandemia afetou particularmente o país de lojistas. O setor emprega mais de 3 milhões de pessoas, com quase 400 bilhões de libras (US$ 504 bilhões) em vendas em 2019, equivalentes a cerca de 5% do PIB.

O peso dos gastos dos consumidores na economia é maior do que na França e na Alemanha, inclusive para roupas e calçados.

As empresas precisarão “recalibrar seus cérebros” para determinar novos modelos operacionais, disse Ewan Venters, diretor-presidente da Fortnum & Mason, outra varejista britânica de alimentos e artigos para casa. “Em última análise, nos negócios tudo se resume a passar confiança”, disse. “Se a confiança voltar, o consumo aumentará, o que levará a vendas positivas.”

Equilibrar normas de segurança com a experiência tradicional de compras é certamente o desafio mais significativo para a Harrods. A rede possui pequenos pontos de venda em lojas de departamento no mundo todo e em alguns aeroportos e uma loja de beleza que está prestes a ser inaugurada, mas seus negócios estão focados firmemente no espaço em Knightsbridge, em Londres.

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Propriedade do fundo soberano do Catar na última década, a loja é famosa por vender de tudo, como chá, obras de arte e móveis.

No mês que vem, a Harrods abrirá uma nova loja independente no shopping center Westfield em Shepherd’s Bush, uma parte do oeste de Londres que ainda é classificada como um dos locais mais carentes da capital. O objetivo é aliviar um pouco a pressão de sua sede histórica.

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bloomberg@moneytimes.com.br