Internacional

‘Haverá paz ou tragédia’: O discurso de Trump, a resposta do Irã e o que se sabe do primeiro conflito entre os dois países em quase 40 anos

22 jun 2025, 10:05 - atualizado em 22 jun 2025, 10:05
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Estados Unidos atacam Fordow, Natanz e Isfahan em resposta ao avanço nuclear do Irã; governo iraniano promete retaliação "com todas as forças". (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa)

Ontem à noite, os Estados Unidos entraram oficialmente no conflito entre Israel e Irã, atacando três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Isfahan. O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que a ação visa impedir que o Irã avance em seu programa de armamento nuclear.

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Em discurso, Trump disse que “ou haverá paz, ou haverá tragédia ao Irã”. Segundo ele, esse pode ter sido o dia mais letal do atual conflito. Ainda assim, os EUA estão dispostos a prosseguir com os ataques.

“Se a paz não vier rápido, vamos atrás de outros alvos com velocidade e habilidade. Haverá ou paz, ou tragédia para o Irã, muito maior do que testemunhamos nos últimos oito dias. Lembrem-se: há muitos alvos restantes”, afirmou.

O confronto entre Irã e Israel chegou ao nono dia, iniciado após os ataques israelenses em 13 de junho, em meio ao impasse nas negociações entre EUA e Irã sobre o programa nuclear iraniano.

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Reação do Irã

Neste domingo (22), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que o país usará “todos os meios necessários” para se defender. Em publicação nas redes sociais, classificou os ataques como “ultrajantes” e prometeu que terão “consequências eternas”.

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“Todos os membros da ONU devem ficar alarmados com esse comportamento extremamente perigoso, ilegal e criminoso”, escreveu o ministro. “O Irã se reserva todas as opções para defender sua soberania, seus interesses e seu povo”, completou.

Após os ataques dos EUA, três áreas em Israel foram atingidas por mísseis iranianos.

O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, está abrigado em um bunker e já nomeou três clérigos seniores como possíveis sucessores, caso venha a ser morto.

Na semana passada, Trump declarou que o Exército americano conhece a localização de Khamenei e que ele seria mantido vivo “por enquanto”. Pouco depois, o aiatolá instruiu a Assembleia de Peritos — órgão responsável por nomear o líder supremo — a escolher rapidamente seu sucessor entre os três nomes apresentados, o que representa uma medida incomum, já que o processo de escolha normalmente leva meses.

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Também foram definidos substitutos para posições-chave na cadeia de comando militar iraniana, caso outros altos oficiais sejam mortos.

Primeiro confronto direto em quase 40 anos

Este ataque norte-americano é um dos primeiros desde o final dos anos 90 em que os EUA utilizam sua força militar para atingir diretamente o Irã.

As tensões entre os dois países começou durante a Revolução Islâmica de 1979. Na ocasião, o xá Mohammad Reza Pahlavi, aliado dos EUA, foi deposto e o país passou a ser governado pela República Islâmica sob liderança do aiatolá Khomeini.

Entre 1980 e 1988, durante a Guerra Irã-Iraque, os EUA apoiaram militarmente Saddam Hussein, fornecendo armas e inteligência ao Iraque. Durante esse período, os EUA realizaram duas ações militares diretas contra o Irã.

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Em 3 de julho de 1988, um cruzador da Marinha americana abateu o voo Iran Air 655, matando os 290 passageiros a bordo. A Casa Branca alegou ter confundido o avião comercial com uma aeronave militar iraniana. Teerã, por sua vez, considera o ato como um ataque deliberado.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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