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Hedge funds adiam retorno de funcionários aos escritórios

25 set 2020, 13:10 - atualizado em 25 set 2020, 13:10
Empresas coronavírus
Outros hedge funds abrem as portas mais lentamente, de acordo com pessoas a par dos planos (Imagem: Pixabay)

À medida que o mundo das finanças volta com cautela aos escritórios, alguns dos maiores hedge funds preferem manter funcionários em casa ao longo de 2021.

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Enquanto bancos de Wall Street como JPMorgan Chase e Citigroup aumentam a ocupação em suas sedes globais, funcionários da Bridgewater Associates, D.E. Shaw & Co. e Two Sigma Investments só devem voltar no próximo ano, segundo pessoas a par do assunto e executivos das empresas.

Bancos costumam ter seus próprios edifícios, mas hedge funds geralmente trabalham em locais compartilhados, com menos controle sobre como o saguão e elevadores são administrados.

Alguns preferem esperar e aprender com as experiências de retorno de outros, decisão favorecida pelo fato de que a produtividade permaneceu alta, de acordo com as pessoas.

A Two Sigma, que tem cerca de 1,5 mil funcionários nos Estados Unidos, disse aos funcionários que não seriam obrigados a retornar antes de 4 de julho, disse uma das pessoas, que pediu para não ser identificada. Quem sentir falta de estar nas mesas do trabalho pode retornar a partir de janeiro.

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Ainda assim, alguns hedge funds começam a retornar.

Cerca de 40% da equipe da Capstone Investment Advisors em Nova York está no escritório. Para dar aos funcionários tempo para ideias criativas, a empresa criou as “quartas-feiras sem reuniões”.

“A prioridade número 1 é a saúde e o bem-estar da equipe, mas com a noção de que estamos perdendo alguns elementos de nossa disciplina de trabalho e cultura de não estar no escritório ”, disse Paul Britton, CEO da empresa que emprega 175 pessoas.

Outros hedge funds abrem as portas mais lentamente, de acordo com pessoas a par dos planos.

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A Point72 Asset Management, de Steve Cohen, permitiu que cerca de 5% da equipe de Nova York e Connecticut volte voluntariamente, enquanto na Millennium Management e Elliott Management, em Nova York, um pequeno número de pessoas retornou após receber autorização.

Na Citadel, que em junho disse que a equipe poderia retornar, a ocupação nos escritórios aumentou devido à forte demanda de funcionários. A empresa tem testes de coronavírus e reembolsos para serviços de carro e outras opções de transporte.

A Magnetar Capital, com sede em Evanston, Illinois, planejava reabrir escritórios até o Dia do Trabalho, mas adiou a data.

“Fizemos uma pesquisa com funcionários em julho e tivemos uma resposta esmagadora de pessoas que queriam continuar a trabalhar em casa”, disse Barbara Bernstein, diretora de recursos humanos da Magnetar, que administra US$ 12,1 bilhões. “Isso realmente orientou nossa decisão de trabalhar remotamente até pelo menos o final do outono.”

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Em tempos bizarros, os hedge funds recorrem à criatividade.

Em maio, a Bridgewater montou uma tenda sem paredes em uma área arborizada em frente à sede da empresa, onde cerca de 50 funcionários trabalhavam em mesas com distanciamento social.

Os poucos funcionários que trabalham nos escritórios da Bridgewater fazem testes regulares para Covid e um aplicativo que rastreia os sintomas é conectado em tempo real a profissionais médicos. A empresa planeja instalar uma clínica de vacinação contra a gripe “para reduzir o risco da combinação de ambos os vírus”, disse Richard Falkenrath, diretor administrativo.

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bloomberg@moneytimes.com.br