BusinessTimes

Heineken se atrapalha em construção de fábrica (e Ambev pode aproveitar para vender mais)

14 dez 2021, 17:34 - atualizado em 14 dez 2021, 17:34
Heineken
Heineken pode ver sua concorrente vender mais após atrasados em sua fábrica em Minas Gerais (Imagem: Pixabay/JacekAbramowicz)

A Heineken está com problemas para a construção de uma nova fábrica de cervejas em Minas Gerais: a fabricante desistiu do projeto de construir uma planta em Pedro Leopoldo após o projeto ser bloqueado devido a um sítio arqueológico. 

A empresa disse que segue com os planos de construir uma fábrica em Minas Gerais, embora a cidade ainda não tenha sido anunciada.

Segundo a Ágora Investimentos, em rápido comentário enviado a clientes, a Heineken tem enfrentado restrições de capacidade que têm beneficiado a Ambev (ABEV3) do lado competitivo. 

Para resolver o gargalo, a empresa holandesa já anunciou uma série de investimentos. A planta em Minas Gerais foi o mais considerável e deveria estar pronto em meados de 2023, adicionando uma estimativa de 7 milhões hectolitros de capacidade (equivalente a cerca de 5% dos volumes da indústria de cerveja do Brasil).

“Os planos da Heineken para uma nova fábrica sendo potencialmente adiados (achamos que leva cerca de 2 anos para construir uma nova fábrica), isso pode resultar em volumes de cerveja brasileira da Ambev mais fortes do que o que projetamos para 2023 e 2024 (modelamos volumes estáveis para esses anos, pois presumimos que a nova fábrica da Heineken resultará em uma concorrência mais forte)”, afirmam os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França.

Precisa mostrar mais

Já o BTG Pactual (BPAC11) manteve a recomendação neutra para as ações da Ambev, com preço-alvo de R$ 18 nos próximos meses.

Analistas do banco, que participaram do dia do investidor promovido pela cervejaria, disseram que esperam ver mais da companhia antes de mudarem a recomendação sobre o papel.

“Olhando para as oportunidades de investimento na Ambev, anda estamos cautelosos”, dizem os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin, que assinam o relatório.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin