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Hering: está difícil de acreditar na empresa, diz Credit Suisse

21 jan 2020, 14:28 - atualizado em 21 jan 2020, 14:44
Arara de roupas da Hering
Difícil de engolir: para Credit, Hering precisa mostrar serviço (Imagem: Divulgação/Facebook/Hering)

O tamanho da frustração do mercado com o desempenho da Hering (HGTX3) no quarto trimestre pode ser medido pelo tamanho do tombo de suas ações no pregão desta terça-feira (21). Por volta das 14h, os papéis despencavam 11,67% e eram cotados a R$ 27,71. No mesmo instante, o Ibovespa caía 0,60%, a 118.150 pontos.

Como se sabe, ninguém gostou da prévia operacional publicada pela empresa ontem, após o fechamento do mercado. Entre os desapontamentos, estão a queda de 5,2% no faturamento bruto do quarto trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, e o recuo de 4% nas vendas, no critério “mesmas lojas”, isto é, aquelas em operação há, pelo menos, 12 meses.

O que agrava a situação é o ceticismo dos investidores com a capacidade de a Hering entregar o que promete. “Acreditamos que a Hering se tornou um caso de ‘mostre-me primeiro’, no qual os investidores permanecerão céticos e ansiosos para ver um crescimento consistente”, resume o Credit Suisse, em relatório assinado pelos analistas Victor Saragiotto e Pedro Pinto.

“A falta de consistência no desempenho das franquias e o ainda reduzido canal multimarcas dificultarão qualquer melhoria operacional que fosse o principal motivo para uma reavaliação dos múltiplos da Hering”, acrescenta o banco.

Difícil de acreditar

Os analistas reconhecem que as ações da têxtil são negociadas com desconto em relação aos melhores papéis do setor, mas advertem: “está difícil dar o benefício da dúvida à Hering. Por isso, continuamos neutros sobre ela.”

O Credit Suisse projeta um preço-alvo de R$ 32 para os próximos 12 meses. A cifra representa um potencial de alta de 15% sobre a cotação atual. No pior cenário, contudo, os papéis poderiam cair para R$ 22, segundo o banco suíço. Isto poderia ocorrer, se as vendas “mesmas lojas” recuassem aos níveis de 2019, e a margem de ebitda subisse lentamente.

No melhor cenário, o banco avalia que os papéis subiriam para R$ 47. Mas, como os analistas mesmos lembram: está difícil de acreditar até no cenário básico.

Veja, abaixo, a íntegra dos resultados operacionais divulgados ontem pela Hering.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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