HFOF11: XP recomenda compra e estima valorização de 55% para as cotas

A XP Investimentos reiterou sua recomendação de compra para o fundo imobiliário Hedge Top FOF II 3 (HFOF11), destacando a possibilidade expressiva de ganhos.
Em relatório, a corretora aponta que o FII é negociado na Bolsa de Valores com desconto de 19% em relação ao valor patrimonial (P/VP de 0,81), patamar próximo ao maior deságio de sua história.
Considerando o efeito do chamado “duplo desconto” — tanto da cota do HFOF11 quanto dos fundos presentes em sua carteira —, a casa estima um potencial de valorização de 55%.

Além disso, segundo a XP, o dividend yield anualizado também se mostra atrativo, em 11,4%, sustentado por resultados recorrentes e por uma reserva acumulada de R$ 0,07 por cota, o que garante fôlego para a manutenção das distribuições.
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Portfólio diversificado
O relatório ressalta ainda que o portfólio do HFOF11 é majoritariamente formado por FIIs de tijolo (68,8% do patrimônio líquido), segmento que segue negociando com descontos relevantes.
A carteira inclui exposição a lajes corporativas (24%), logística (18%), renda urbana (15%) e shopping centers (12%), além de 23% em fundos de papel.
De acordo com a corretora, os maiores espaços para alta estão justamente nos setores de escritórios e shoppings, que podem se beneficiar de um ambiente macroeconômico mais favorável.

Histórico de gestão
Para a XP, o HFOF11 é um dos maiores fundos de fundos da indústria brasileira e se destaca pela gestão ativa eficiente e pelo histórico consistente de geração de valor aos investidores.
Desde sua estreia, em fevereiro de 2018, o FII acumula rentabilidade equivalente a 85% do IFIX pela variação de mercado, enquanto pela métrica patrimonial ajustada, o desempenho chega a 115,8% do índice.
Recompra de cotas
Ainda no relatório, a casa destaca que foi aprovado, em assembleia, o programa de recompra de cotas, que autoriza o HFOF11 a adquirir até 5% dos papéis em circulação, com cancelamento imediato.
As aquisições deverão ocorrer a preços inferiores ao valor patrimonial, dentro de um prazo de 12 meses, utilizando recursos disponíveis em caixa ou provenientes da venda de ativos.
Esse movimento é visto como positivo pela XP, já que pode proporcionar retornos imediatos, reforçar a geração de renda e ancorar as negociações em Bolsa.