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Histórico mundial e chinês indica alguns impactos iniciais sobre o agro se covid avançar

27 nov 2021, 12:15 - atualizado em 27 nov 2021, 13:24
Algodão Roupas Consumo
Menor consumo de roupas é o maior risco para o algodão em avanço das restrições globais (Imagem: Freepik)

Nos passos do histórico dos meses mais graves da pandemia no mundo, entre o meio de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, pode-se projetar alguns impactos sobre o fluxo mundial de commodities agrícolas caso se consolide o quadro de avanço da covid-19, pelo menos nos primeiros meses.

Mesmo que a nova onda, impondo temores na Europa, Estados Unidos e Ásia – e ainda à espera do comportamento contagioso da cepa africana – pegue a população mundial mais ‘experiente’ em lidar com as restrições que já estão surgindo, não deve mudar muito em relação ao que já foi visto.

O algodão tende a sofrer prejuízo mais imediato. Como ocorreu antes.

Afinal, com menor circulação interna e de viagens, vida social e profissional mais limitada (em um mundo que já não sairia mais integralmente do home office), de que adianta o consumo excessivo de roupas e acessórios?

Desde os 116,92 c/lp do dia 17 de novembro, portanto antes do mundo ter notícia da variante ômicron, o contrato março só caiu em Nova York. Nesta sexta, perdeu mais de 3,5%, para fechar em 111 c/lp.

As demais commodities agrícolas e carnes sofrerão também, mas numa escala mais reduzida. O consumo nos lares não compensa totalmente o tombo que os restaurantes e cafés no Hemisfério Norte terão com menor frequência, mas atenua. Como ocorreu inclusive no Brasil em algumas cadeias, descontando o desemprego.

O que pode fazer a diferença é sempre a China, principalmente para o Brasil, também seguindo a experiência do país.

O primeiro a se fechar totalmente contra o vírus e o primeiro a sair do caos ainda no começo do segundo semestre do ano I do coronavírus – quando voltou a importar muito do Brasil -, ainda mantém mão de ferro contra a pandemia, e não tem hesitado em fechar fronteiras e barrar a movimentação interna entre algumas províncias.

Daí que pode reproduzir o mesmo resultado desta vez, se for o caso, mesmo que a nova variante, que está assustando o mundo, se mostre mais complexa para as vacinas atuais.

Parênteses: o algodão seguirá sofrendo, porque a China importa para fornecer produtos finais para o mundo, e o café não é uma bebida que conquistou os chineses.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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