Mercados

Ibovespa: Os gatilhos que fazem índice disparar quase 2% nesta sessão

06 fev 2024, 13:08 - atualizado em 06 fev 2024, 14:07
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O analista da Potenza Investimentos, Bruno Komura, recorda que a China também ajuda. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa sobe forte nesta sessão, recuperando as perdas das últimas semanas. Por volta das 12h26, o índice disparava 1,94%, ultrapassando os 130 mil pontos.



A alta ocorre em meio a um cenário corporativo cheio, declarações de autoridades e a ata do Copom. Mais cedo, o documento reafirmou cortes de 0,5 ponto percentual.

O texto diz que, para “próximas reuniões”, uma redução de mesma magnitude ainda é apropriada para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. O plural pode ser entendido, segundo já apontado por Roberto Campos Neto, como duas reuniões à frente.

Além disso, o executivo esteve do evento do BTG Pactual. Campo Neto destacou que os indicadores mostram que o setor de serviços deve continuar puxando a atividade econômica no país.

“Olhando a perspectiva de crescimento do primeiro trimestre, está parecendo que vai surpreender para cima. Essa é a nossa primeira intuição no Banco Central. A gente vê serviços puxando bastante o crescimento”, disse Campos Neto.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, também no evento, que não vê razão para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescer menos de 2% em 2024. “Tem gente séria, que sabe fazer conta, falando até em 2,5%”, afirmou.

Segundo o CEO e economista da Arton Advisors, Bernardo Assumpção, o ministro não fez falsas promessas no discurso, nem apelou ao “tempero populista que tanto assustou os agentes econômicos no passado”.

Assumpção afirma que a missão do ministro não é fácil, mas que tem surpreendido os mais céticos ao conduzir uma agenda em busca de disciplina fiscal e de boa interlocução com o mercado e com o Congresso Nacional.

China também ajuda Ibovespa

O analista da Potenza Investimentos, Bruno Komura, recorda que a China também ajuda.

As bolsas asiáticas fecharam no positivo e estão puxando os índices na Europa. O motivo? O governo da China estaria se preparando para discutir sobre o mercado de ações com reguladores financeiros.

Segundo informações da Bloomberg, a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários chinesa planeja atualizar a liderança de Pequim sobre as condições de mercado e possíveis iniciativas políticas que podem ser adotadas para estancar as perdas no mercado de ações.

“Por mais que a gente não tenha uma agenda forte hoje, a bolsa parece estar acompanhando o otimismo com a China, que anunciou diversos estímulos para levantar o mercado local”, discorre Komura.

O otimismo faz com a ação da Vale (VALE3) suba na sessão, após uma série de quedas nos últimos dias.

Victor Benndorf, da corretora que leva o seu novo, lembra que houve um êxodo de capital estrangeiro nas últimas sessão, que ajudou o índice a afundar.

“Enquanto os Estados Unidos renovaram máximas históricas, aqui ficou para trás. Tem uma hora que essa assimetria fecha um pouquinho”, argumenta.

Cenário corporativo

Itaú (ITUB4), maior banco privado do país, demostrou, novamente, a sua capacidade de entregar resultados de encher os olhos. Entre outubro e dezembro, o banco lucrou R$ 9,4 bilhões, alta de 22,6% em relação ao mesmo período de 2022.

De acordo com Matheus Nascimento, da Levante Investimentos, os resultados do bancão foram positivos, com performance interessante ante os outros bancos no setor.

“Ele se consolidou como o principal banco privado em termos de resiliência, qualidade dos números e qualidade da carteira de crédito”, destaca Nascimento.

Já o Bradesco (BBDC4) dispara em meio ao fechamento de capital da Cielo (CIEL3). Analistas do BTG consideram que o banco sairá beneficiado com a operação.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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