Coluna
Inteligência Artificial

IA na defesa digital: o pronto-socorro invisível das finanças

07 ago 2025, 11:47 - atualizado em 07 ago 2025, 11:47
Agente de inteligência artificial (IA)
(Imagem: gerado por IA - Qwen)

A inteligência artificial se tornou peça-chave na proteção do setor financeiro. Com ataques cada vez mais sofisticados e a necessidade de respostas imediatas, cuidar da segurança deixou de ser uma tarefa operacional para se tornar um tema estratégico. Afinal, cada segundo pode representar milhões em perdas ou ganhos.

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Bastou um minuto para que um gerente de banco transferisse US$ 35 milhões após cair em um golpe com voz clonada por IA. O episódio, ocorrido em 2021, mostra como esse tipo de recurso pode ser usado tanto para defender quanto para enganar. E evidencia que a velocidade na resposta é essencial.

Hoje, falhas em aplicativos bancários custam caro. O custo médio de uma violação de dados no Brasil atingiu R$ 7,19 milhões em 2025, segundo relatório da IBM. O valor representa um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior, quando o prejuízo médio era de R$ 6,75 milhões.

Nesse contexto, a IA tem sido adotada como aliada na triagem de ameaças. A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária projeta mais de R$ 47 bilhões em aportes no setor em 2025, com foco em ambientes em nuvem, automação inteligente e práticas de segurança cibernética. Mais de 70% dos bancos já utilizam sistemas automatizados de detecção, com avanço no uso de modelos generativos, segundo o mesmo levantamento.

No entanto, o mesmo desenvolvimento que protege, também pode ser explorado por criminosos. A chamada Adversarial AI já permite criar campanhas de phishing, falsificar documentos e clonar vozes em segundos. Dados recentes da CrowdStrike indicam que o tempo médio para comprometimento total de um ambiente foi de apenas dois minutos e sete segundos em 2024.

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Por isso, a proteção digital precisa deixar de ser tratada como custo e passar a ocupar lugar nas prioridades de investimento. Conselhos e lideranças devem estabelecer metas claras, como: identificar riscos em até 3 minutos; conter invasões em no máximo 30; destinar pelo menos 1% do Capex de TI para testes adversariais; manter políticas ativas de governança sobre modelos baseados em IA, com auditorias regulares. São medidas viáveis para organizações que desejam assumir protagonismo com responsabilidade.

O futuro da cibersegurança depende da combinação entre inteligência humana e capacidade computacional. Ferramentas não substituem estratégia, apenas a potencializam. O diferencial estará na habilidade de unir esses elementos com ética, processos bem definidos, acompanhamento constante e uma cultura organizacional comprometida com a proteção desde a origem.

Porque, no fim das contas, a IA não é vilã nem heroína. É uma engrenagem poderosa que, como qualquer recurso, reflete o modo como é utilizada.

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Sócio da FCamara
Gabriel Paiva é empreendedor e especialista em cibersegurança, com mais de 15 anos de experiência na proteção de empresas contra ameaças digitais. É fundador e CEO das empresas Dfense, ViperX, CisoX e ZenoX, além de sócio do Grupo FCamara. Investidor em mais de dez startups, é movido pela paixão por tecnologia, inovação e segurança digital. Estudou em instituições de renome, como o Instituto Mauá de Tecnologia e a Universidade de Harvard. Seu propósito é claro: democratizar o acesso à cibersegurança e proteger vidas no mundo digital.
gabriel.paiva@autor.www.moneytimes.com.br
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Gabriel Paiva é empreendedor e especialista em cibersegurança, com mais de 15 anos de experiência na proteção de empresas contra ameaças digitais. É fundador e CEO das empresas Dfense, ViperX, CisoX e ZenoX, além de sócio do Grupo FCamara. Investidor em mais de dez startups, é movido pela paixão por tecnologia, inovação e segurança digital. Estudou em instituições de renome, como o Instituto Mauá de Tecnologia e a Universidade de Harvard. Seu propósito é claro: democratizar o acesso à cibersegurança e proteger vidas no mundo digital.
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