Ibovespa tem nova alta com Petrobras (PETR4) e retoma os 137 mil pontos; dólar cai a R$ 5,53

O Ibovespa (IBOV) encerrou o dia em alta pela segunda sessão consecutiva e, mais uma vez, com apoio de Petrobras (PETR3;PETR4). O índice seguiu na contramão dos índices de Wall Street, que foram pressionados pela desaceleração da inflação dos EUA e o acordo comercial com a China.
Nesta quarta-feira (11), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 137.128,04 pontos, com alta de 0,51%.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5376, com queda de 0,59% ante o real.
No cenário doméstico, os investidores continuaram à espera da publicação da medida provisória (MP) que trata da compensação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A expectativa é de que a MP seja anunciada ainda nesta semana.
Hoje (11), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que o pacote de medidas anunciado pelo governo enfrentará “resistência” no Congresso.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que que as medidas tributárias encaminhadas pelo governo podem assustar em um primeiro momento, mas defendeu que as propostas são necessárias para que o “ciclo virtuoso” vivido pelo país seja sustentável, em audiência na Câmara dos Deputados.
Altas e quedas no Ibovespa
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) estenderam os ganhos da véspera e subiram mais de 3% nesta quarta-feira (11) — impulsionando o desempenho do Ibovespa.
Os papéis da estatal ganharam fôlego na esteira do petróleo. O contrato mais líquido do Brent, referência mundial, para agosto, encerraram sessão com alta de mais de 4%, com escalada das tensões no Oriente Médio.
Segundo o jornal The Washington Post, o Departamento de Estados dos EUA autorizou a saída de funcionários da embaixada em Bagdá, capital do Iraque. O departamento também permitiu a saída de pessoal não essencial e familiares do Bahrein e Kuwait.
A ponta positiva do Ibovespa, porém, foi liderada por Santander (SANB11). Os papéis foram impulsionados pela revisão positiva do UBS BB. O banco elevou a recomendação para as ações de neutro para compra, com preço-alvo de R$ 38 — o que representa um potencial de valorização de 31,8% sobre o preço de fechamento da véspera (10).
Já a ponta negativa foi liderada por Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e Gerdau (GGBR4), que caíram com a piora do humor nos Estados Unidos — país que as companhias têm maior exposição.
Os papéis da metalúrgica e da siderúrgica também sofreram realização dos lucros recentes. Do começo do mês até a última segunda-feira (9), GGBR4 acumulava alta de mais de 16% com expectativas otimistas sobre os reflexos do aumento das tarifas de importação de aço pelos EUA nos resultados da companhia.
Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street fecharam em queda, em reação a novos dados de inflação e ao acordo entre o país e a China.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano subiu 0,1% em maio, abaixo do esperado. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 2,4% — ainda acima da meta do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).
Embora o CPI não seja a referência do Fed para inflação, o índice é uma parâmetro de ajustes do mercado para as apostas para a trajetória dos juros dos EUA. Após os dados, os agentes financeiros ampliaram as expectativas de que o BC norte-americano deve começar o afrouxamento monetário em setembro.
O presidente Donald Trump confirmou que o acordo dos EUA com a China está concluído, com Pequim fornecendo ímãs e minerais de terras raras enquanto Washington permitirá estudantes chineses em suas faculdades e universidades.
Uma autoridade da Casa Branca também disse que o acordo permite que os EUA cobrem uma tarifa de 55% sobre produtos chineses importados. Isso inclui uma tarifa “recíproca” de 10%, uma taxa de 20% pelo tráfico de fentanil e uma tarifa de 25% que reflete taxas pré-existentes.
Confira como fecharam os índices de Nova York:
- Dow Jones: 0,00%, aos 42.865,77 pontos;
- S&P 500: -0,27%, aos 6.022,24 pontos;
- Nasdaq: -0,50%, aos 19.615,88 pontos.