Ibovespa renova máximas e testa 144 mil pontos pela 1ª vez com EUA

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quinta-feira (11), renovando máximas históricas e testando o patamar dos 144 mil pontos pela primeira vez, puxado principalmente pelas ações de bancos.
Mais cedo, dados econômicos dos Estados Unidos referendaram as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,56%, a 143.150,03 pontos, tendo alcançado 144.012,5 pontos no melhor momento do dia. Na mínima, marcou 142.349,41 pontos. O volume financeiro foi um pouco melhor do que nos últimos pregões e somou R$ 24,5 bilhões.
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Nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em agosto, após aumento de 0,2% em julho. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,3%. Em 12 meses, a taxa ficou em 2,9%, dentro das expectativas.
“Apesar do número ter vindo mais pressionado, seguimos encontrando pouco impacto das tarifas na inflação”, afirmaram analistas do Bradesco em relatório a clientes.
A partir dos dados do CPI e de preços ao produtor divulgados na véspera, eles estimaram uma inflação do núcleo do PCE – medida favorita de inflação do banco central dos EUA – em 0,22% em agosto, que deve “ser bem-vinda para o Fed”.
Em paralelo, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram 27.000, para 263.000, em base ajustada sazonalmente, na semana encerrada em 6 de setembro, enquanto economistas previam 235.000 requisições para o período.
Wall Street fechou com novas máximas para o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA recuava a 4,02%% no final da tarde.
Julgamento de Bolsonaro
Investidores também seguiram atentos à continuação do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.
Com o voto da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do STF formou maioria para condenar Bolsonaro por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. O ministro Cristiano Zanin, que apresentava suas considerações neste fim de tarde, também votou pela condenação de Bolsonaro, levando o placar para 4 a 1 contra o ex-presidente.
A condenação de Bolsonaro era largamente esperada no mercado, que agora segue monitorando eventual nova medida de retaliação do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil — este sim um fator com potencial para mexer nos ativos.
Em julho, ao definir tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, Trump citou como um dos motivos o julgamento de Bolsonaro, seu aliado.
Ainda no noticiário local, o Ministério da Fazenda cortou as previsões para o crescimento do país e a inflação neste ano, enquanto pesquisa Datafolha mostrou que aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu a 33% de “ótimo/bom” e se aproximou da desaprovação, com 38% de “ruim/péssimo”.
*Com informações da Reuters