Ibovespa sobe pela 3ª sessão consecutiva com Petrobras (PETR4); dólar tem leve alta a R$ 5,54

O Ibovespa (IBOV) encerrou o dia em alta pela terceira sessão consecutiva e, mais uma vez, com apoio de Petrobras (PETR3;PETR4). O índice também foi impulsionado pela recuperação de Wall Street.
Nesta quinta-feira (12), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 137.799,74 pontos, com alta de 0,49%.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5426, com alta de 0,09% ante o real.
No cenário doméstico, os investidores reagiram ao decreto de compensação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e à publicação de uma medida provisória (MP) de contenção de despesas. O novo pacote, porém, não trouxe novidades ao que já tinha sido apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Também hoje (12), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o colégio de líderes da Casa decidiu pautar a urgência para votação de projeto de decreto legislativo que susta os efeitos do decreto do IOF.
Motta afirmou que “o clima na Câmara não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”.
A votação da urgência em plenário está prevista para a próxima segunda-feira (16). Se aprovada, o projeto terá sua tramitação acelerada, podendo ser analisado diretamente no plenário, sem necessidade de passar pelas comissões.
Altas e quedas no Ibovespa
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) figuraram entre as maiores altas do Ibovespa pela terceira sessão consecutiva e impulsionando o desempenho do principal índice da bolsa brasileira.
Depois de dois dias de altas na esteira do petróleo, hoje (12) os papéis da petroleira ganharam fôlego com o pagamento de dividendos no radar. O ministro Fernando Haddad afirmou que o governo buscará distribuir dividendos extraordinários das estatais, como parte das estratégias para cumprir a meta fiscal em 2025.
A ponta positiva do Ibovespa, porém, foi liderada por Embraer (EMBR3). Além de acompanhar a valorização do dólar ante o real, as ações reagiram às estimativas de demanda global da companhia. A fabricante de aeronaves brasileira estima uma demanda de 10.500 pedidos de novos jatos e turboélices de até 150 assentos nos próximos 20 anos.
Na visão de analistas do Bradesco BBI e Ágora Investimentos, as notícias são positivas para a Embraer, uma vez que as perspectivas positivas para a aviação comercial em todo o mundo podem viabilizar oportunidades para aumento dos pedidos neste segmento.
Já a ponta negativa foi liderada por MRV (MRVE3). As ações da construtora caíram com as discussões sobre a taxação de títulos públicos do setor imobiliário como LCI e CRI, além de um movimento de realização de lucros recentes. Apesar da queda, os papéis ainda acumulam alta de mais de 11% no ano.
Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street fecharam em alta com apoio do setor de tecnologia, além de dados econômicos e novas ameaças tarifárias de Donald Trump.
Em destaque, as ações da Oracle subiram 13% após a empresa divulgar resultados do quarto trimestre fiscal que superaram as expectativas. Já os papéis da Boeing caíram mais de 5% após a queda de um avião da fabricante na Índia.
Os investidores também reagiram a novos dados. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego ficaram em 248.000, em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 7 de junho, informou o Departamento do Trabalho do país. Os economistas consultados pela Reuters previam 240.000 pedidos para o período.
Já os preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA subiram 2,6% em maio em relação ao ano anterior, depois da alta de 2,5% em abril.
Na noite de ontem (11), Trump afirmou que deve definir, ao longo das próximas semanas, novas taxas de importação para produtos de diversos países. No final de abril, a Casa Branca determinou um período de suspensão das tarifas por 90 dias para países que não haviam anunciado retaliações ao ‘tarifaço’.
O presidente ainda afirmou que pode estender o prazo de 8 de julho para concluir as negociações comerciais com os países, antes que tarifas norte-americanas mais elevadas entrem em vigor, mas afirmou que não acredita que isso seja necessário.
Confira como fecharam os índices de Nova York:
- Dow Jones: +0,24%, aos 42.967,62 pontos;
- S&P 500: +0,38%, aos 6.045,26 pontos;
- Nasdaq: +0,24%, aos 19.662,49 pontos.