Mercados

Ibovespa fecha em alta após Trump aliviar discurso sobre a China; dólar cai a R$ 5,46

13 out 2025, 17:09 - atualizado em 13 out 2025, 18:22
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa subiu 0,78%, a 141.783,36 pontos, após o presidente norte-americano, Donald Trump, aliviar seu discurso em relação à China, em uma sessão marcada também pela alta de mais de 1% do petróleo. O dólar fechou em baixa de 0,75%, a R$ 5,4623.

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De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 1,55%, para 6.654,67 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 2,20%, para 22.692,57 pontos. O Dow Jones subiu 1,29%, para 46.070,73 pontos.

Na sexta-feira, Trump anunciou uma tarifa de 100% sobre os produtos comprados da China e a imposição de controles de exportação ao país asiático de softwares críticos, em mais um episódio da guerra comercial entre as duas nações. Um dia antes, a China já havia elevado o controle sobre a exportação de terras raras — materiais essenciais para vários setores da indústria norte-americana.

No domingo, porém, Trump adotou um tom conciliador, dizendo que os EUA não querem prejudicar a China, o que abriu espaço para a busca de ativos de maior risco nesta segunda-feira, como ações e moedas de países emergentes.

No Brasil, o real chegou a ceder mais de 1% ante o dólar e, em paralelo, as taxas dos DIs caíram, ainda que em menor intensidade. A taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,415% no fim da tarde, ante o ajuste de 13,422% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2029 marcava 13,39%, em baixa de 2,3 pontos-base ante o ajuste de 13,413%. Entre os vencimentos longos, o contrato para janeiro de 2035 tinha taxa de 13,815%, em queda de 1 ponto-base ante 13,826%.

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“Na sexta-feira o tarifaço de Trump estressou bastante o mercado, com o dólar chegando a R$5,50 e a curva de juros subindo”, pontuou Gustavo Danilo Guimarães, especialista de Renda Fixa da Manchester. “Só que no domingo Trump fez novos comentários, e o mercado passou a ajustar o movimento da semana passada”, acrescentou.

Perto do fechamento da sessão, a curva brasileira precificava em 98% a probabilidade de manutenção da taxa básica Selic em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, no início de novembro.

Pela manhã, o boletim Focus do BC indicou que a mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação no fim de 2025 passou de 4,80% para 4,72%. No caso de 2026, seguiu em 4,28%. A Selic para o fim deste ano está em 15% e para o final de 2026 em 12,25%.

Destaques do Ibovespa

Dentre os destaques do Ibovespa, Vale (VALE3) subiu 1,49%, em linha com o movimento dos futuros do minério de ferro na China, após dados mostrarem que as importações de minério de ferro pela segunda maior economia do mundo em setembro aumentaram 10,6% em relação ao mês anterior, atingindo recorde para um único mês.

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No setor de mineração e siderurgia, CSN (CSNA3) ganhou 6,32%, liderando os ganhos da bolsa e recuperando-se após fortes perdas na sexta-feira. Usiminas (USIM5) avançou 6,35% e Gerdau (GGBR4) subiu 2,13%.

Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) avançaram 0,97% e 0,94%, respectivamente, impulsionadas pela recuperação dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent fechou em alta de 0,94%, a US$ 63,32, após registrar mínimas em cinco meses na sessão anterior. Brava Energia (BRAV3) avançou 3,58%, em dia de recuperação após sete quedas seguidas, período em que acumulou perda de 13,5%. PetroReconcavo (RECV3) subiu 2,96% após divulgar que concluiu a transação de farm-out com a Mandacaru Energia sobre a venda de 50% de sua participação e transferência da operação em sete concessões no Rio Grande do Norte.

Marfrig (MRFG3) recuou 4,16%, renovando mínimas desde o fim de março. No começo de outubro, analistas da XP afirmaram ver um cenário desafiador para o momentum de resultados, citando margens da carne bovina nos EUA pressionadas pelo atual ciclo do gado e a inevitável normalização das margens de frango no Brasil. No setor, Minerva (BEEF3) caiu 1,07%, e JBS (JBSS3), listada nos EUA, recuou 0,87%.

GPA (PCAR3) caiu 3,03%, após o anúncio de que o conselho de administração aprovou por unanimidade a eleição do empresário André Coelho Diniz como novo presidente do colegiado. A família Coelho Diniz alcançou neste ano uma participação de 24,6% no GPA. No setor, Assaí (ASAI3) perdeu 2,07%. Raízen (RAIZ4) caiu 2,03%, renovando mínima histórica de fechamento, a R$ 0,85.

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*Com Reuters

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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