Mercados

Ibovespa tem respiro após recorde e fecha em queda com Azul (AZUL4); dólar sobe a R$ 5,63

14 maio 2025, 17:14 - atualizado em 14 maio 2025, 17:21
ações
Ibovespa realizou parte dos ganhos da véspera e operou instável em dia de ajuste no mercado doméstico e no exterior (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Depois de renovar as máximas históricas, o Ibovespa (IBOV) deu um respiro e operou volátil em meio a ajustes no mercado local e no exterior.

Nesta quarta-feira (13), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 138.422,84 pontos, com queda de 0,39%. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6327, com alta de 0,43% ante o real. 

No cenário doméstico, a temporada de balanços corporativos chegou na reta final, concentrando ainda boa parte das atenções dos investidores. Hoje, o mercado também acompanhou novos dados econômicos.

O volume de serviços cresceu 0,3% em março, um pouco abaixo da expectativa dos analistas consultados pela Reuters, de avanço de 0,4%. Em fevereiro, o crescimento foi de 0,9%. O setor acumulou ganho de 1,2% entre fevereiro e março, após recuo de 0,5% em janeiro, e está 0,5% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em outubro de 2024.

Nos primeiros três meses de 2025, o volume de serviços acumulou queda de 0,2%,  interrompendo uma sequência de sete trimestres seguidos de ganhos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Altas e quedas no Ibovespa 

As ações da Azul (AZUL4) caíram mais de 16% e lideraram a ponta negativa do Ibovespa em reação aos números do balanço do primeiro trimestre (1T25). A Azul reportou lucro líquido de R$ 783,1 milhões no 1T25, uma reversão do prejuízo de R$ 1,1 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. Na linha ajustada, no entanto, a companhia aérea viu o prejuízo crescer 460,4%, atingindo -R$ 1,8 bilhão no período de janeiro a março deste ano.

Durante a teleconferência de resultados, o diretor financeiro da companhia, Alexandre Malfitani, disse que a empresa vai buscar mais capital para reforçar sua posição financeira. 

Entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR3;PETR4) realizou os ganhos da véspera (13) e acompanhou o desempenho negativo do petróleo. O contrato mais líquido do Brent, referência mundial, fechou com baixa de quase 1% e barril a US$ 66. As ações da Vale (VALE3) também devolveram a alta da sessão anterior e encerraram o pregão em queda.

Já a ponta positiva foi liderada por Natura (NTCO3). A ação da varejista teve o segundo dia de alta após os números do 1T25. Ontem (13), o papel subiu 6,50% e hoje (14) avançou mais de 7%.

A companhia reduziu seu prejuízo em 83,9% na comparação anual, ficando em R$ 150,7 milhões no período de janeiro a março deste ano, e na avaliação do BTG Pactual, a varejista entregou um resultado melhor após as dificuldades observadas no quarto trimestre de 2024.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street operaram sem direção única, com os investidores monitorando a viagem do presidente Donald Trump ao Oriente Médio e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed).

Em destaque, a Qatar Airways assinou um acordo para comprar até 210 jatos de grande porte da fabricante de aeronaves norte-americana Boeing durante a visita de Trump.

Na véspera (13), Nvidia e Advanced Micro Devices (AMD) anunciaram “parcerias” com empresas da região. Entre os maiores acordos, a Nvidia disse que venderá centenas de milhares de chips de IA na Arábia Saudita, sendo o primeiro lote de 18.000 de seus mais novos chips “Blackwell” destinado a Humain, uma startup de IA recém-lançada pelo fundo soberano saudita.

Já a fabricante de chips Advanced Micro Devices também firmou um acordo com a Humain, afirmando ter firmado uma colaboração de US$10 bilhões.

No campo macroeconômico, o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, disse que os dados recentes sobre a inflação apontam para um progresso contínuo em direção ao cumprimento da meta de 2%, mas a perspectiva ainda é incerta.

“Se os aumentos das tarifas anunciados até agora forem mantidos, é provável que interrompam o progresso da desinflação e gerem pelo menos um aumento temporário da inflação”, disse Jefferson em comentários preparados para um evento do Fed de Nova York.

“Se as tarifas criarão uma pressão persistente de alta sobre a inflação dependerá de como a política comercial será implementada, do repasse aos preços ao consumidor, da reação das cadeias de oferta e do desempenho da economia”, acrescentou.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • Dow Jones: -0,21%, aos 42.051,06 pontos;
  • S&P 500: +0,70%, aos 5.892,58 pontos; 
  • Nasdaq: +0,72%, aos 19.146,81 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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