Ibovespa renova recordes e fecha acima de 144 mil pontos

O Ibovespa renovou máximas históricas nesta terça-feira, mas com uma alta relativamente modesta e volume financeiro negociado no pregão abaixo da média do ano, enquanto agentes financeiros continuam apostando na queda dos juros nos Estados Unidos nesta semana.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,36%, a 144.061,74 pontos, renovando o recorde para fechamento. No melhor momento do dia, marcou 144.584,10 pontos, novo topo histórico intradia. Na mínima, registrou 143.546,58 pontos.
O volume financeiro somou R$21,01 bilhões, acima da média diária do mês, de apenas R$18,6 bilhões, mas ainda abaixo da média em 2025, de R$23,6 bilhões.
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A leitura de que o Fed cortará sua taxa de referência em pelo menos 25 pontos-base na quarta-feira continuou conduzindo a baixa dos rendimentos dos Treasuries. Internamente, isso se traduzia em nova queda do dólar ante o real, em meio à percepção de que juros mais baixos nos EUA e ainda elevados no Brasil reforçam a atratividade do mercado brasileiro.
Durante evento promovido pelo grupo financeiro J. Safra nesta manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou que o governo pretende cumprir as metas fiscais de 2025 e 2026, acrescentando que para isso depende da “compreensão” do Congresso Nacional.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou no início da sessão que o país atingiu a menor taxa de desemprego da série histórica iniciada em 2012, de 5,6% no trimestre encerrado em julho. Economistas consultados pela Reuters previam que a taxa ficaria em 5,7% no período.
A população ocupada também bateu novo recorde, chegando a 102,4 milhões, e o rendimento médio real habitual dos trabalhadores cresceu 1,3% no trimestre.
Destaques do Ibovespa
Marfrig (MRFG3) avançou 5,6% e BRF (BRFS3) fechou em alta de 5,28%, no sexto pregão seguido de ganhos para ambas, em meio às expectativas sobre as potenciais sinergias da incorporação da BRF pela Marfrig.
Lojas Renner (LREN3) subiu 4,19%, acompanhada de perto por C&A Modas (CEAB3), que valorizou-se 3,6%, em sessão positiva para papéis de consumo diante de novo alívio na curva de juros no Brasil e dados que mostraram resiliência do mercado de trabalho. O índice de consumo da B3 avançou 1,07%.
Natura (NTCO3) recuou 2,13%, após alta superior a 2% na véspera, quando anunciou acordo para a venda das operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana, reunidas sob a designação Avon Card. Investidores seguem atentos ao desfecho da reestruturação da Avon Internacional.
Vale (VALE3) subiu 0,35%, acompanhando a valorização do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Dalian avançou 0,82%, a 803,5 iuans (US$112,94) por tonelada. A S&P também elevou o rating da mineradora para “BBB”, de “BBB-“, com perspectiva estável.
Petrobras (PETR4) avançou 0,25%, em linha com a alta dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent subiu 1,5%. A estatal ainda informou nesta terça-feira a contratação da Engeman para reiniciar a produção em fábricas de fertilizantes no Nordeste.
*Com informações da Reuters