Ibovespa acompanha Wall Street e recua aos 156 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,33

(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

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O Ibovespa (IBOV) iniciou a sessão em alta, mas logo perdeu tração com a aversão ao risco do exterior e encerrou a sessão em tom negativo.

Nesta segunda-feira (17), o Ibovespa terminou as negociações com queda de 0,47%, aos 156.992,93 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3310 com alta de 0,64%. 

No cenário doméstico, os investidores acompanharam novos dados econômicos. 

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC–Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,20% em setembro sobre agosto, em dado dessazonalizado. Os números foram divulgados na manhã desta segunda-feira (17) pelo Banco Central.

O recuo foi maior do que o esperado: os economistas consultados pela Reuters esperavam retração de 0,10% no mês.

No terceiro trimestre, a atividade encolheu 0,9% sobre os três meses imediatamente anteriores. Já na comparação com setembro de 2024, porém, o IBC-Br teve alta de 2,0%, avançando 3,0% em 12 meses.

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Na avaliação do Bank of America (BofA), o IBC-Br confirmou a desaceleração da atividade econômica no 3T25 e reforçou a previsão do banco de primeiro corte na Selic em janeiro.

“Apesar do estímulo fiscal no terceiro trimestre – os gastos do governo aumentaram mais de 5% em termos reais em comparação com o mesmo período do ano anterior – a atividade econômica ainda se contraiu. Isso reforça a ideia de que a política monetária restritiva está dominando os esforços fiscais”, afirmaram os economistas David Beker, Gustavo Mendes e Natacha Perez, em relatório.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre as companhias listadas no Ibovespa (IBOV), as ações da MBRF (MBRF3) estenderam os ganhos da última sessão. Os papéis são beneficiados pelos resultados do terceiro trimestre (3T25) e a reabertura do mercado de frango à China.

Entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR3; PETR4) encerrou a sessão em alta — e limitaram as perdas do Ibovespa. Os papéis da estatal seguiram na contramão do petróleo Brent e avançaram com o anúncio da descoberta de petróleo na Bacia de Campos, localizada no Rio de Janeiro.

De acordo com a petrolífera, houve identificação de petróleo de “excelente qualidade” no pós-sal da Bacia, em poço exploratório no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde.

Já Vale (VALE3) encerrou a sessão em queda, na contramão do minério do ferro, ainda pressionada pela condenação da BHP na Justiça inglesa pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana–MG, operada pela Samarco (joint venture entre Vale e BHP) em 2015.

A ponta negativa, porém, foi encabeçada por  Rumo (RAIL3), em reação aos números do terceiro trimestre (3T25). Para os analistas do Safra, o resultado trimestral da Rumo foi negativo. 

“O resultado operacional fraco foi agravado por um aumento de 45,5% nas despesas financeiras líquidas na base anual, impulsionada por taxas de juros mais altas e um aumento de 46,5% na dívida líquida”, escreveram Luiz Peçanha e Arthur Godoy, em relatório.

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Exterior 

Os índices de Wall Street fecharam em forte queda na expectativa pelo balanço da Nvidia (NVDA) e pelos novos dados econômicos após o ‘shutdown‘.

Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

• Dow Jones: -1,18%, aos 46.590,24 pontos;
• S&P 500: -0,92%, aos 6.672,41 pontos; 
• Nasdaq: -0,84%, aos 22.708,07 pontos.

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Na Europa, os mercados fecharam em queda, estendendo as perdas da sessão anterior em meio ao temor de uma ‘bolha’ da inteligência artificial e incertezas sobre a política monetária dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou com baixa de 0,54%, aos 571,68 pontos.

Na Ásia, os índices também encerraram em tom negativo. O índice Nikkei, do Japão, caiu 0,10%, aos 50.323,91 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, teve perda de 0,71%, aos 26.384,28 pontos.