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Ibovespa fecha próximo da estabilidade em ‘modo de espera’ pela decisão do Copom; dólar sobe a R$ 5,50

18 jun 2025, 17:29 - atualizado em 18 jun 2025, 17:34
Queda-Ibovespa-fundos imobiliários
O Ibovespa operou volátil em dia de decisões de política monetária nos EUA e no Brasil e em véspera de feriado nacional (Imagem: iStock/hernan4429)

Na véspera do feriado de Corpus Christi, o Ibovespa (IBOV) enfrentou um dia volátil guiado pelas decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. As tensões geopolíticas com foco no conflito entre Israel e Irã permaneceram injetando cautela nos mercados.

Nesta quarta-feira (18), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 138.716,64 pontos, com queda de 0,09%. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5009, com alta de 0,07% ante o real.

No cenário doméstico, os investidores operaram à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Na atualização mais recente, com data de referência de ontem (17), o contrato de Opções de Copom da B3 aponta a chance de 64,75% de o Banco Central elevar os juros em 0,25 ponto percentual, o que levaria a Selic para 15% ao ano.

O mercado também precificava 0,75% de chance de alta de 0,50 ponto percentual. A probabilidade de manutenção da Selic a 14,75% era de 34%.

Amanhã (19), a B3 não terá operações em razão do feriado nacional. As negociações serão retomadas normalmente na sexta-feira (20).

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Altas e quedas no Ibovespa 

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada por Embraer (EMBR3), que chegou a subir mais de 5% durante a sessão. As ações da fabricante de aeronaves brasileira foram impulsionadas pelo anúncio de um pedido firme da SkyWest para 60 aeronaves E175, com direitos de compra para 50 jatos adicionais, no valor de US$ 3,6 bilhões.

As entregas começarão em 2027 e a lista do contrato de pedido firme será incluído na carteira de pedidos do segundo trimestre deste ano.

Já a ponta negativa foi liderada por Raízen (RAIZ4), com os investidores ainda reagindo à revisão de perspectiva para empresa pela Fitch.

Na última segunda-feira (16), a agência de classificação de risco revisou a perspectiva do rating de Inadimplência do Emissor (IDR) para moeda estrangeira e local de longo prazo da Raízen de estável para negativa, mas manteve em estável a perspectiva na escala nacional.

Entre os pesos-pesados, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) encerraram em leve queda na esteira da fraqueza do petróleo, Vale (VALE3) também terminou o dia no negativo. Os bancos operaram em baixa em modo de cautela pré-Copom.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street encerraram sem direção única em reação às falas o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Ele reafirmou que não há pressa para cortar os juros em coletiva de imprensa após a decisão de política monetária.

Pela quarta vez consecutiva, o Fed manteve os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

A decisão foi acompanhada pela atualização do gráfico de pontos (dot plot). O Fed também manteve a projeção de corte de dois cortes, de 25 pontos-base cada, nos juros até dezembro deste ano.

Na Ásia, os índices fecharam sem direção única com as atenções concentradas na escalada do conflito entre Israel e Irã. O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,90%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, teve recuo de 1,21%.

Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com queda de 0,36%, aos 540,33 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.