Mercados

Ibovespa cai mais de 1% com fiscal e destoa de recordes de Wall Street; dólar sobe a R$ 5,33

02 out 2025, 17:29 - atualizado em 02 out 2025, 17:38
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) enfrentou mais um dia negativo com a escalada das preocupações dos investidores com o cenário fiscal. A paralisação do governo dos Estados Unidos seguiu no radar.

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Nesta terça-feira (2), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 1,08%, aos 143.949,64 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3395, com alta de 0,20%

No cenário doméstico, os investidores reagiram a novos rumores de que o governo federal pode avançar na proposta de zerar as tarifas de ônibus em todo o país após uma reportagem do jornal Diário do Grande ABC. 

De acordo com a notícia, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o “preparo de estudos para implementar e lançar [o programa] ainda este ano” ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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Além disso, o mercado reagiu à aprovação da proposta que prevê a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, um “desconto” para os contribuintes com salários de até R$ 7,3 mil e uma taxação sobre os ‘super-ricos’. Em parte, os agentes financeiros temem o efeito fiscal da medida e a influência da proposta nas eleições de 2026.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre as companhias listadas no Ibovespa (IBOV), as ações domésticas — também chamadas de cíclicas por serem mais sensíveis a fatores macroeconômicos, como juros — lideraram as perdas do índice com pressão dos juros futuros.

Com a cautela fiscal, as taxas de contrato de Depósitos Interfinanceiros (DIs) chegaram a subir até 15 pontos-base em alguns vencimentos. No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,46%, em alta de 8 pontos-base ante o ajuste de 13,38% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2029 marcava 13,375%, ante o ajuste de 13,254%.

As ações do GPA (PCAR3lideraram a ponta negativa, devolvendo parte dos ganhos da véspera.

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Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) estenderam os ganhos da sessão anterior e se destacaram na ponta positiva do Ibovespa. Os investidores continuaram a precificar a revisão das projeções de investimentos e geração de caixa, apresentada no “Gerdau Investor Day 2025” realizado na quarta-feira (1º). 

Na avaliação do BTG Pactual, a companhia escolheu a disciplina como resposta ao atual ciclo adverso. Sendo assim, a Gerdau permanece fora da tendência mais fraca no setor latino-americano, beneficiada pela força do negócio nos Estados Unidos e pela redução do capex, na visão dos analistas Leonardo Correo e Marcelo Arazi, em relatório.

A ponta positiva, porém, foi liderada por Marcopolo (POMO4).

Entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR4;PETR3) acompanhou a nova queda do petróleo e fechou com baixa de quase 1%. Vale (VALE3manteve os ganhos da sessão anterior e teve mais um dia de alta.

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Exterior 

Os índices de Wall Street  terminaram a sessão em recorde a despeito da paralisação (shutdown) do governo dos Estados Unidos, que começou nesta quarta-feira (1º). Nos primeiros minutos, o S&P 500 renovou a máxima nominal histórica.

Embora a expectativa seja de que o shutdown não se estenda por muitas semanas, a paralisação deve adiar uma série de dados econômicos, como o payroll — que estava previsto para amanhã (3).

Apesar disso, a perspectiva de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) manteve-se próximo aos 100% nesta quinta-feira (2).

Na Europa, os principais índices encerraram majoritariamente em alta com apoio dos setores de tecnologia e de automóveis. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,53%, aos 567,60 pontos, na máxima histórica.

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Na Ásia, os índices fecharam o pregão em alta com a retomada das negociações na China após feriado local.

Entre os principais índices asiáticos, o Nikkei, do Japão, subiu 0,87%; o Hang Seng, de Hong Kong, teve avanço de 1,61% e o Kospi, da Coreia do Sul, renovou recorde aos 854,25 pontos (+1,05%) com a parceira da Samsung e da SK Hyniz com a Open AI para o fornecimento de chips de memória.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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