Mercados

Ibovespa recua com Wall Street, PIB e julgamento de Bolsonaro; dólar sobe a R$ 5,47

02 set 2025, 17:24 - atualizado em 02 set 2025, 17:41
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(Imagem: iStock/hernan4429)

O Ibovespa (IBOV) engatou a segunda sessão consecutiva de perdas apoiada pelo tom negativo de Wall Street, dados econômicos e incertezas sobre a sentença do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Nesta terça-feira (2), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 0,67%, aos 140.335,16 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4748, com alta de 0,64%

No cenário doméstico, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025 (2T25). O resultado representa desaceleração frente ao avanço de 1,4% nos três primeiros meses do ano. O número, porém, veio acima das projeções do mercado, de avanço de 0,3% no período. 

Após o dado, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda afirmou que a atual projeção oficial para o PIB em 2025, uma alta de 2,5%, agora tem “leve viés de baixa” após resultado da atividade econômica do 2T25.

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O início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado também dividiu as atenções. O processo deve durar até a sexta-feira da semana que vem, dia 12.

Altas e quedas do Ibovespa

A ponta positiva do Ibovespa (IBOV) foi liderada por Cosan (CSAN3), com avaliação positiva do Bank of America (BofA). O banco reiterou a recomendação e elevou o preço-alvo da ação para R$ 11, com a perspectiva de que o mercado segue precificando uma desalavancagem da empresa.

Para o banco, a Cosan está implementando medidas para melhorar as operações e reduzir a dívida. “E o potencial aumento de capital na Raízen poderia desbloquear valor”, afirmaram os analistas Isabella Simonato, Julia Zaniolo e Rogério Araújo em relatório.

Com a alta desta terça-feira (2), CSAN3 completou a quinta sessão consecutiva de ganhos.

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Já a ponta negativa foi encabeçada por Auren (AURE3).

C&A (CEAB3) também figurou entre as maiores quedas em realização de lucros recentes e pressionada pela abertura da curva de juros brasileira. Ontem (1º), os papéis da varejista chegaram a subir mais de 2%.

Entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) encerrou em queda destoando da leve alta do minério de ferro. Já Petrobras (PETR3; PETR4) teve uma nova alta, acompanhando o desempenho do petróleo Brent — que subiu 1,45%, a US$ 69,14 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Exterior 

Os índices de Wall Street retomaram as negociações após o feriado do Dia do Trabalho em meio às incertezas sobre as tarifas e independência do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).

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Entre os dados, o setor manufatureiro do país contraiu pelo sexto mês consecutivo em agosto, com o impacto das tarifas do presidente Donald Trump.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor subiu de 48,0 em julho para 48,7 no mês passado. Os economistas consultados pela Reuters previam que o PMI subiria para 49,0.

Além disso, uma corte federal norte-americana considerou ilegal a adoção das taxas comerciais na última sexta-feira (29). O tribunal permitiu que as tarifas permanecessem em vigor até 14 de outubro para dar ao governo Trump a chance de entrar com um recurso na Suprema Corte dos EUA. Mas o veredicto não afetou as tarifas aplicadas ao aço e ao alumínio.

No final da tarde, Trump disse que vai protocolar amanhã (3) uma apelação à Suprema Corte para reverter a decisão.

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Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

  • Dow Jones: -0,55%, aos 45.295,81 pontos;
  • S&P 500: -0,69%, aos 6.415,54 pontos; 
  • Nasdaq: -0,82%, aos 21.279,63 pontos.

Na Europa, os principais índices encerraram em alta com incertezas sobre o cenário fiscal do Reino Unido e político-econômico da França no radar. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,50%, aos 543,17 pontos.

Na Ásia, os índices fecharam sem direção única com retomada das incertezas sobre as tarifas de Trump. Entre os principais, o Nikkei, do Japão, subiu 0,29% e o Hang Seng, de Hong Kong, teve queda de 0,47%.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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