Ibovespa avança e encosta em 145 mil pontos com Vale (VALE3); dólar sobe a R$ 5,39

A temporada de balanços do terceiro trimestre (3T25) começou oficialmente e o Ibovespa (IBOV) ficou à mercê do noticiário corporativo.
Nesta quarta-feira (22), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com alta de 0,55%, aos 144.872,79 pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3969, com alta de 0,12%.
No cenário doméstico, os investidores acompanharam as movimentações em Brasília em torno das medidas fiscais. Ontem (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou o anúncio de novas propostas ainda nesta semana.
De acordo com Haddad, o governo enviará dois projetos distintos: um texto tratará exclusivamente do aumento de receitas, com foco na taxação das fintechs e bets, e a outra matéria será voltada a novos cortes e controle de gastos públicos.
O mercado também operou na expectativa de um encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump no próximo domingo (26), dia da abertura do evento cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia. O horário da reunião ainda não foi marcado.
Altas e quedas do Ibovespa
Entre as companhias listadas no Ibovespa (IBOV), as ações da Vamos (VAMO3) lideraram os ganhos do índice pelo segundo pregão consecutivo, ainda em reação aos dados operacionais da companhia no terceiro trimestre (3T25).
Segundo os números divulgados na véspera (21), a empresa teve uma receita líquida de R$ 1,529 bilhão entre julho e setembro, o que representa um crescimento de 25,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Vale (VALE3), porém, concentrou as atenções dos investidores. O mercado reagiu ao relatório de Produção e Vendas do terceiro trimestre (3T25) e as ações subiram 2%.
A mineradora apurou produção de 94,4 milhões de toneladas de minério de ferro entre julho e setembro, um aumento de 3,8% em relação ao ano anterior, com impulso de um novo recorde trimestral da mina S11D, no Pará, e pelo avanço dos principais projetos. Essa foi a maior produção trimestral desde 2018.
Entre os pesos-pesados, os bancos terminaram a sessão em tom positivo. Petrobras (PETR4;PETR3) avançou na esteira do desempenho do petróleo, enquanto a operação na Margem Equatorial seguiu no radar.
Já a ponta negativa foi encabeçada por Assaí (ASAI3) após o JP Morgan rebaixar a recomendação das ações de neutro para venda. Para os analistas, a ASAI3 parece relativamente “cara” frente ao restante do varejo brasileiro nos níveis atuais.
GPA (PCAR3) também se destacou entre as quedas após a companhia informar que Marcelo Pimentel renunciou aos cargos de CEO e de membro do conselho de administração.
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Exterior
Os índices de Wall Street encerraram a sessão em queda, com balanços corporativos e expectativa de novos dados de inflação. Hoje (22), o shutdown entrou em seu 22º dia, com mais de dez tentativas de acordos entre Democratas e Republicanos para um novo financiamento do governo.
Em destaque, as ações da Netflix (B3: NFLX34 | Nasdaq: NFLX) caíram mais de 8% após a empresa registrar um lucro líquido foi de US$ 2,547 bilhões, um crescimento de 8,7% em relação ao mesmo período de 2024, mas abaixo dos US$ 3 bilhões esperados pelo consenso do mercado.
Além disso, a relação comercial entre Estados Unidos e China voltou a ser um motivo de preocupação após notícias de que a Casa Branca planeja impor restrições a exportações de produtos baseados em software para o país asiático.
Confira o fechamento dos índices de Wall Street:
- Dow Jones: -0,71%, aos 46.590,41 pontos;
- S&P 500: -0,53%, aos 6.699,40 pontos;
- Nasdaq: -0,93%, aos 22.740,39 pontos.
Na Europa, os mercados encerraram sem direção única com reação aos balanços. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com queda de 0,18%, aos 572,29 pontos.
Na Ásia, os índices terminaram o pregão em tom negativo. Entre os principais índices asiáticos, o Nikkei, do Japão, recuou 0,02%, aos 49.307,79 pontos; e o Hang Seng, de Hong Kong, teve baixa de 0,94%, aos 25.781,77 pontos.