Mercados

Ibovespa recua com fiscal e destoa de máximas de Wall Street; dólar sobe a R$ 5,56

22 jul 2025, 17:19 - atualizado em 22 jul 2025, 17:24
recessão - gráfico vermelho fundos imobiliários
O Ibovespa fechou em leve queda com redução da contenção dos gastos públicos e incertezas sobre as tarifas de Trump contra Brasil (Imagem: Pixabay)

O Ibovespa (IBOV) até tentou superar os 135 mil pontos Vale (VALE3). O cenário fiscal e as incertezas sobre as tarifas de Trump, porém, pesaram mais uma vez.

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Nesta terça-feira (22), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 0,10%, aos 134.035,72 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5670, com alta de 0,04%

No cenário doméstico, os investidores repercutiram o Relatório de Receitas e Despesas Primárias do terceiro trimestre, divulgado nos últimos minutos do pregão.

Entre os destaques, o governo federal reduziu a reduziu a projeção de contenção de gastos de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões: o contigenciamento caiu de R$ 20,7 bilhões para zero e o bloqueio teve uma leve alta de R$ 10,6 bilhões para R$ 10,7 bilhões.

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Altas e quedas no Ibovespa

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada pelas mineradoras e siderúrgicas — sendo a ação da Vale (VALE3) a mais negociada na B3. Os papéis do setor foram impulsionados por novos estímulos na China que refletiram no desempenho do minério de ferro.

O contrato mais líquido da commodity subiu 2,49%, a 823 yuans (US$ 114,72) a tonelada na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE). Pequim anunciou um projeto hidrelétrico de US$ 170 bilhões para impulsionar o crescimento econômico. A barragem localizada na borda do Planalto Tibetano será a maior no mundo.

Ainda entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR3;PETR4) fecharam em alta de quase 1% na contramão do petróleo.

Já a ponta negativa do Ibovespa foi liderada por Vivara Vivara (VIVA3). A ação da varejista, assim como de outras cíclicas, foram pressionadas por movimento de realização de ganhos recentes.

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Exterior 

Os índices de Wall Street encerraram a sessão sem direção única. Dessa vez, S&P 500 renovou o recorde nominal de fechamento.

Nos Estados Unidos, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que discutirá uma prorrogação das tarifas com a China na próxima semana. O atual prazo para a vigência de tarifas mais altas está prevista para 12 de agosto.

O presidente norte-americano, Donald Trump anunciou novos acordos com a Filipinas e a Indonésia no final da tarde. Segundo ele, os produtos filipinos e indonésios serão taxados em 19% para importação no território norte-americano.

O chefe da Casa Branca também voltou a criticar o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA)Jerome Powell. Ele disse que o chefe do BC sairá em oito meses. O mandato de Powell vai até maio de 2026.

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Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

  • Dow Jones: +0,40%, aos 44.502,44 pontos;
  • S&P 500: +0,06%, aos 6.309,62 pontos — no maior nível nominal histórico; 
  • Nasdaq: -0,39%, aos 20.892,69 pontos.

Na Ásia, os índices fecharam em tom misto, com o anúncio de um projeto hidrelétrico de US$ 170 bilhões para impulsionar o crescimento econômico. A barragem localizada na borda do Planalto Tibetano será a maior no mundo. O índice Nikkei, do Japão, caiu 0,11%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,54%.

Na Europa, os mercados terminaram o pregão sem direção única com perspectiva de que Estados Unidos e União Europeia não devem firmar um acordo tarifário até a próxima semana e à espera da decisão do Banco Central Europeu (BCE). O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com queda de 0,41%, aos 544,34 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.