Ibovespa (IBOV) recua em dia de tombo de Cosan (CSAN3) e à espera de indicadores

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta segunda-feira (22), com o mercado atento às novas sanções dos Estados Unidos e à espera de indicadores, depois de na semana passada ter registrado sucessivos recordes.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,48%, a 145.161,47 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 144.117,01 pontos na mínima e 145.863,86 pontos na máxima.
A sessão foi marcada pelo tombo ações da Cosan (CSAN3) após anúncio de capitalização bilionária com diluição expressiva da base acionária, enquanto Embraer (EMBR3) figurou na ponta positiva após divulgar encomenda de aeronaves da Latam.
No radar do mercado esteve a notícia de que os EUA decidiram sancionar sob a Lei Magnitsky Viviane Barci de Moraes, esposa de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram impostas sanções ao Lex Instituto de Estudos Jurídicos, uma entidade controlada por Viviane Barci de Moraes e outros integrantes da família.
Moraes foi o relator do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF por tentativa de golpe de Estado, no qual foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.
De olho na agenda
Ao longo desta semana, investidores estarão atentos à divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na terça-feira, ao IPCA-15 de setembro e ao Relatório de Política Monetária do BC, ambos na quinta-feira.
Nos EUA, destaque para dados do Produto Interno Bruto (PIB), na quinta-feira, e para o índice PCE, na sexta-feira.
Ibovespa em alta
O Ibovespa renovou máximas históricas na sexta-feira (19), voltando a superar os 146 mil pontos no melhor momento, mas as variações foram modestas durante o pregão, em meio a noticiário esvaziado e vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.
Na semana passada, o Ibovespa acumulou ganho de 2,53%.
De acordo com o analista técnico Gilberto Coelho, da XP Investimentos, o Ibovespa está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias, mas deixou resistência nos 146.331, que, se superada, pode levar aos 147.200 ou 152.900 pontos.
“Abaixo dos 143.400 teria sinal de realização de curto prazo que pode levar aos suportes em 141.000 ou 136.100”, afirmou Coelho em relatório a clientes.
*Com informações da Reuters