Mercados

Ibovespa pega ‘carona’ com Wall Street e avança com fim do conflito entre Israel e Irã; dólar sobe a R$ 5,51

24 jun 2025, 17:21 - atualizado em 24 jun 2025, 17:30
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O Ibovespa acompanhou a recuperação de Wall Street e encerrou a sessão em leve alta com alívio no conflito Israel-Irã (Imagem: Leung Cho Pan/Canva)

O Ibovespa (IBOV) retomou o tom positivo com apoio da recuperação de Wall Street. O alívio nas tensões geopolíticas e a ata do Copom concentraram as atenções dos investidores, que já operam em “clima de fim de mês”.

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Nesta terça-feira (24), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 137.164,61 pontos, com alta de 0,45%. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5189, com alta de 0,29% ante o real.

No cenário doméstico, os investidores repercutiram a ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

No documento, os diretores do Banco Central ressaltaram que o ciclo de aperto monetário foi “particularmente rápido e bastante firme”, reforçando que os impactos da taxa mais contracionista estão por vir, e sinalizou o fim do ciclo de altas na taxa SelicNa semana passada, o Comitê elevou a taxa de juros para 15% ao ano.

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Eles também destacaram que o cenário de inflação de curto prazo segue adverso e as expectativas mantiveram-se acima da meta em todos os horizontes. Já a conjuntura de atividade econômica doméstica segue marcada por sinais mistos com relação à desaceleração de atividade.

Altas e quedas no Ibovespa

O Ibovespa ganhou fôlego com as ações cíclicas e dos bancos que foram beneficiadas pelo alívio na curva de juros futuros. Vamos (VAMO3) e CVC (CVCB3) lideraram a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira.

Já a ponta negativa foi dominada pelas petroleiras, em mais um dia de derrocada do petróleo no mercado internacional com o cessar-fogo entre Israel e Irã. Os contratos mais líquidos do Brent, com vencimento em setembro, encerraram a sessão com queda de 6,17%, a US$ 66,17 o barril na International Exchange (ICE), em Londres. 

Brava Energia (BRAV3) foi o papel com pior desempenho do índice, com recuo de quase 7%. Já as ações da Petrobras (PETR3;PETR4), um dos pesos-pesados do Ibovespa, figuraram como as mais negociadas da B3 e fecharam em queda próxima a 2%.

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Ainda entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) estendeu os ganhos pelo segundo dia consecutivo apesar do enfraquecimento do minério de ferro em Dalian, na China.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street encerraram a sessão em forte alta com cessar-fogo entre Israel e Irã. Ontem (23), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma trégua definitiva dos ataques e a expectativa é de o fim dos combates se mantenha.

Os investidores também reagiram a novas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Em audiência na Câmara dos Representante, o chefe do Banco Central norte-americano disse que a autoridade monetária não cortou os juros a níveis “mais neutros” devido às perspectivas incertas sobre a inflação norte-americana.

Powell também reiterou  que o Fed não tem pressa de cortar os juros. “Estamos em uma situação difícil para decidir exatamente quanto cortar os juros.”

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Confira como fecharam os índices de Nova York:

  • S&P 500: +1,11%, aos 6.092,18 pontos; 
  • Dow Jones: +1,19%, aos 43.089,02 pontos;
  • Nasdaq: +1,43%, aos 19.912,53 pontos.

Na Ásia, os índices fecharam em tom positivo. O índice Nikkei, do Japão, teve alta de 1,14%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 2,06%.

Na Europa, os índices também terminaram o dia em forte alta com o alívio das tensões no Oriente Médio. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 1,11%, aos 540,98 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.