Mercados

Sem NY, Ibovespa tem leve alta e sustenta os 138 mil pontos à espera de IPCA-15; dólar avança a R$ 5,67

26 maio 2025, 17:26 - atualizado em 26 maio 2025, 17:40
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Ibovespa manteve o tom positivo, aos 138 mil pontos, com a sinalização de uma compensação para as mudanças do IOF (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) iniciou a semana em leve alta, em dia de liquidez reduzida nos mercados com o feriado de “Memorial Day” nos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira (26), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 138.136,14 pontos, com alta de 0,23%. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6757, com avanço de 0,51% ante o real. 

No cenário doméstico, os investidores reagiram ao Relatório Focus, à espera pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15).  Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a projeção para a inflação a 5,50% e reduziram as estimativas para o câmbio, de R$ 5,82 para R$ 5,80 no final deste ano. A previsão para a Selic foi mantida pela terceira semana consecutiva, a 14,75% ao ano.

Para amanhã (27), a expectativa é de que o IPCA-15, considerado a prévia da inflação, suba 0,44% neste mês e se mantenha em 5,49% no acumulado de 12 meses, segundo a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times.

As mudanças do Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF) continuaram no foco de atenção dos investidores. Hoje (26), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo tem até o fim desta semana para decidir como compensará a arrecadação que o Executivo deixará de levantar com o recuo em parte dos aumentos das alíquotas do IOF.

Altas e quedas no Ibovespa 

As ações da Raízen (RAIZ4) lideraram a ponta negativa do Ibovespa, pressionadas pela realização dos lucros recentes, após três altas consecutivas na semana passada com notícias sobre a venda de ativos da companhia. Apesar da queda de hoje, RAIZ4 acumula alta de cerca de 11% no mês.

Hoje (26), o Diário Oficial da União (DOU) informou que a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda de ativos de projeto de usinas de geração solar da Raízen ao fundo Pátria Infra Core.

Entre os pesos-pesados, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) encerraram a sessão em tom negativo, em linha com o desempenho do petróleo. A CEO da petroleira, Magda Chambriard, afirmou que os preços de seus combustíveis a distribuidoras no Brasil estão abaixo da paridade de importação e podem cair mais, dependendo da cotação do petróleo.

Vale (VALE3) teve mais um dia de baixa, acompanhando a queda de mais de 2% do minério de ferro na China.

A ponta positiva foi liderada por Assaí (ASAI3), em movimento de recuperação e alívio na curva de juros futuros ao longo da sessão na expectativa pelo IPCA-15.

Braskem (BRKM5) figurou mais uma vez entre as maiores altas com a confirmação de que o empresário Nelson Tanure fez um oferta de aquisição da fatia da Novonor na petroquímica. Segundo a companhia, a proposta está sujeita a avaliações e confirmações usuais em transações dessa natureza e segue sob análise da Novonor —  que detém 50,1% das ações da Braskem com direito a voto.

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Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street permaneceram fechados nesta segunda-feira (26) com o feriado local.

Já as principais bolsas da Europa encerraram a sessão em alta, com os investidores repercutindo o recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na semana passada, Trump anunciou a tarifa de 50% sobre os produtos fabricados na União Europeia, que entraria em vigor em 1° de junho. Mas, nesta segunda-feira (26),  o presidente dos EUA voltou atrás e adiou o início da tarifa para 9 de julho, após uma conversa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Confira o fechamento dos principais índices europeus:

Stoxx 600: +0,98%, aos 550,47 pontos;

> DAX (Frankfurt): +1,56%, aos 23.997,44 pontos;

> CAC 40 (Paris): +1,21%, aos 7.828,13 pontos.

O índice de Londres, FTSE 100, permaneceu fechado também devido a um feriado local.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.