Ibovespa Ibovespa cai 0,3% na semana, aos 145,3 mil pontos, após sexta-feira estável
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O Ibovespa (IBOV) encerrou a sexta-feira praticamente sem variação, com a perda da Vale (VALE3) sendo compensada pelo bom desempenho do setor financeiro. O pregão também foi marcado pela forte queda da Braskem (BRKM5), que contratou consultores para analisar alternativas para sua estrutura de capital.
O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,1%, a 145.446,66 pontos, tendo marcado 145.145,81 pontos na mínima e 146.234,55 pontos na máxima do dia. Na semana, perdeu 0,29%.
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De acordo com o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, a fraqueza de Vale e Petrobras acabou debilitando o Ibovespa, dado o peso relevante que têm no índice, mas o pregão também refletiu um pouco de “compasso de espera” para um possível encontro entre os presidentes dos EUA e Brasil.
Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu ao afirmar, durante seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, que havia se encontrado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva brevemente nos bastidores e que havia gostado do brasileiro, acrescentando que eles conversariam na próxima semana.
Nos EUA, S&P 500 ganhou 0,59% no pregão de hoje, para 6.643,68 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,44%, para 22.482,44 pontos. O Dow Jones subiu 0,66%, para 46.250,88 pontos.
Mais cedo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que o índice de preços PCE subiu 0,3% em agosto, depois de alta de 0,2% em julho. Nos 12 meses até agosto, o indicador avançou 2,7%, depois de ter subido 2,6% em julho.
O núcleo do índice, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, teve alta de 0,2% no mês passado, mesma taxa de julho. Nos 12 meses até agosto, houve alta de 2,9% no núcleo, igual a julho.
Os resultados do PCE ficaram em linha com todas as medianas das projeções dos economistas ouvidos pela Reuters.
Destaques do Ibovespa hoje
Nesta sexta, Vale (VALE3) caiu 1,92%, acompanhando o movimento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Dalian recuou 1,74%. A B3 (B3 ON) avançou 2,08%, em recuperação após cinco quedas consecutivas, período no qual acumulou perda superior a 5%.
Santander Brasil (SANB11) valorizou-se 2,31%, apoiado pelo anúncio de programa de recompra de units. No setor, Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 0,49%, Bradesco (BBDC4) avançou 0,51% e Banco do Brasil (BBAS3) fechou em alta de 1,47%.
Petrobras (PETR4) cedeu 0,34%, sem acompanhar a valorização do petróleo no exterior, onde o Brent subiu 1,02%.
Braskem (BRKM5) desabou 14,81%, atingindo o menor nível desde março de 2015, após anunciar a contratação de assessores financeiros e jurídicos para avaliar opções de capital. Analistas do UBS BB cortaram a recomendação das ações para neutra e reduziram o preço-alvo de R$ 15 para R$ 10.
Fora do Ibovespa
Ambipar (AMBP3), fora do Ibovespa, disparou 18%, após fortes perdas recentes em meio a preocupações sobre solvência. A empresa obteve nesta semana proteção contra credores, anunciou troca de CFO e emissão bilionária de debêntures. Em quatro pregões, acumulou queda de 47%.
Azul (AZUL4), também fora do Ibovespa, saltou 17,14%, após a Gol informar que a holding controladora Abra Group encerrou as negociações sobre possível fusão entre as companhias. Gol (GOLL4) avançou 5,31%.
*Com informações da Reuters
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