Mercados

Ibovespa tem duplo recorde com encontro de Lula e Trump e recordes em Wall Street; dólar cai a R$ 5,37

27 out 2025, 17:09 - atualizado em 27 out 2025, 17:30
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(Imagem: Getty Images Pro/Canva Pro)

O Ibovespa (IBOV) encostou nos 128 mil pontos nas primeiras horas do pregão e renovou os recordes intradia e de fechamento, com otimismo sobre um possível acordo entre Estados Unidos e Brasil após uma reunião entre os presidentes dos dois países. O apetite ao risco também foi renovado pelo exterior.

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Nesta segunda-feira (27), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão em alta de 0,55%, aos 146.969,10 pontos, em novo recorde. O maior nível de fechamento anterior foi registrado em 24 de setembro, aos 146.491,75 pontos.

Durante a sessão, o Ibovespa renovou máxima intradia histórica, aos 147.976,99 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3703, com queda de 0,41%

No cenário doméstico, os investidores reagiram positivamente ao encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump — que aconteceu neste domingo (26), na Malásia.  

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Lula afirmou, em rede social, que a conversa “foi ótima”. Em entrevista coletiva após a reunião, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o governo norte-americano concordou com um cronograma de negociações com o Brasil nas próximas semanas, em busca de um acordo sobre o tarifaço contra produtos brasileiros.

Além disso, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções para a inflação pela quinta semana consecutiva, de acordo com o Boletim Focus. 

A previsão para o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 4,70% para 4,56% em 2025 — próximo do teto da meta perseguida pelo BC, de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre as companhias listadas no Ibovespa (IBOV), as ações da Usiminas (USIM5) saltaram mais de 10% durante o pregão com reavaliação do balanço da companhia divulgado na última sexta-feira (24).

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MBRF (MBRF3) também figurou entre as maiores altas do pregão. A companhia, fruto da fusão entre BRF e Marfrig, anunciou um acordo de investimento com a Halal Products Development Company (HPDC), uma subsidiária integral do fundo soberano da Arábia Saudita — e que resulta na criação da marca Sadia Halal.

Já a ponta negativa foi encabeçada pela Raízen (RAIZ4), que reagiu ao rebaixamento pela Fitch Ratings.

Entre os pesos-pesados, os bancos terminaram a sessão em alta. Petrobras (PETR4;PETR3) operou entre os papéis mais negociados da B3, em reação ao Relatório de Produção e Vendas no terceiro trimestre (3T25), considerado a prévia operacional.

A produção de petróleo da Petrobras cresceu 18,4% no 3T25 ante igual período do ano passado, permitindo um recorde de exportações da commodity pela estatal, com o avanço operacional de novas plataformas e menor volume de paradas programadas.

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Já a Vale (VALE3) estendeu o movimento de realizações e fechou em leve queda, apesar da valorização de quase 2% do minério de ferro.

Exterior 

Os índices de Wall Street encerraram a sessão em alta e nas máximas históricas, com a expectativa de um acordo comercial entre Estados Unidos e China.

Neste fim de semana, os EUA eliminaram a ameaça das tarifas de 100% sobre as importações chinesas a partir de 1º de novembro.

O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, disse que espera que a China adie a implementação de seu regime de licenciamento de minerais de terras raras e ímãs por um ano, enquanto a política é reconsiderada.

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Já o presidente dos EUA afirmou que o país e a China estão prontos para alcançar um acordo comercial, já que ele deve se encontrar com o líder chinês, Xi Jinping, até o final desta semana na Coreia do Sul.

O mercado também continuou a precificar novos cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, após dados recentes de inflação.

No radar, a paralisação (shutdown) do governo já é a segunda mais longa da história, com 27 dias, e segue ainda sem perspectiva de acordo entre os democratas e os republicanos.

Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

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  • Dow Jones: +0,71%, aos 47.544,59 pontos — no maior nível nominal histórico;
  • S&P 500: +1,23%, aos 6.875,16 pontos — no maior nível nominal histórico; 
  • Nasdaq: +1,86%, aos 23.637,45 pontos — no maior nível nominal histórico.

Na Europa, os mercados encerraram em alta, com o aumento do apetite por risco e a expectativa pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) na próxima quinta-feira (30). O índice pan-europeu Stoxx 600 renovou recorde pela terceira sessão consecutiva.

Na Ásia, os índices fecharam em forte alta, com expectativas de acordos comerciais com os Estados Unidos. Em destaque, o índice Nikkei, do Japão, superou os 50 mil pontos pela primeira vez e encerrou a sessão com alta de 2,46%, aos 50.512,32 pontos.

Há a expectativa de que a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, tenha um encontro bilateral com Donald Trump ainda nesta semana, durante visita do presidente norte-americano ao Japão.

Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, teve avanço de 1,05%, aos 26.433,70 pontos, com o acordo dos EUA e a China sobre terras raras e a suspensão das tarifas de importação de Trump sobre os produtos chineses.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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