Mercados

Ibovespa tem 5º recorde consecutivo e fica próximo dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,38

31 out 2025, 17:31 - atualizado em 31 out 2025, 17:37
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(Imagem: Freepik/ Montagem: Julia Shikota)

Os ‘pesos-pesados’ garantiram mais um dia de ganhos — e recordes — ao Ibovespa (IBOV). O tom positivo das commodities e dos índices de Wall Street também deram apoio a forte valorização.

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Nesta sexta-feira (31), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão em alta de 0,51%, aos 149.540,43 pontos. Foi a oitava sessão consecutiva de ganhos e sendo a quinta vez que o índice fecha em novo recorde nominal histórico. O maior nível de fechamento anterior foi registrado na véspera (30), aos 148.780,22 pontos. 

Esse foi o 19º recorde do Ibovespa em 2025.

Durante a sessão, o índice também renovou o recorde intradia aos 149,6 mil pontos. 

Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 2,31%. Em outubro, a valorização foi de 2,26%. 

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Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3803, com leve queda de 0,02%. Na semana, a divisa também teve saldo negativo, com recuo de 0,23%. Em outubro, o dólar à vista avançou 1,08% ante o real. 

No cenário doméstico, os investidores dividiram as atenções entre noticiário corporativo e dados econômicos. As incertezas sobre o cenário fiscal seguiram no radar. 

Entre os dados, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre até setembro. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 5,5% no período.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre as companhias listadas no Ibovespa (IBOV), as ações da Yduqs (YDUQ3) lideraram os ganhos.

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Os papéis da companhia, assim como de outras cíclicas, avançaram com o alívio na curva de juros futuros. As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) operam nas mínimas após a taxa de desemprego ficar ligeiramente acima das expectativas do mercado, um dia após a surpresa com o Caged — também mais forte do que o esperado.

Entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) subiu mais de 2% em reação aos resultados trimestrais. Além do balanço, considerado positivo por analistas, a companhia indicou que a estabilidade do mercado e o bom desempenho da empresa criam condições favoráveis para a distribuição de dividendos extraordinários em breve.

Petrobras (PETR4;PETR3) encerrou a sessão em queda, a despeito da recuperação do petróleo Brent.

Já a ponta negativa foi liderada por Marcopolo (POMO4), cujas ações caíram mais de 10% também em reação ao balanço do terceiro trimestre (3T25).

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A fabricante de carrocerias de ônibus teve lucro líquido de R$ 329,6 milhões entre julho e setembro, valor 1,8% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Com os números abaixo do esperado, os analistas já esperavam uma forte reação negativa.

Para a XP, os resultados da Marcopolo não atenderam às altas expectativas do mercado, apesar de alguns pontos positivos, como o avanço da margem Ebitda para 19,3%, uma alta de 0,5 ponto percentual na base anual.

Exterior 

Os índices de Wall Street encerraram a sessão em alta, com apoio das gigantes de tecnologia.

Em destaque, as ações da  Amazon (NY: AMZN) subiram quase 10% em reação ao balanço.

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A unidade de computação em nuvem da gigante do e-commerce, Amazon Web Services (AWS), teve um aumento de 20% na receita no terceiro trimestre, em comparação com as estimativas de um aumento de 17,95%.

O CEO da empresa, Andy Jassy, ​​afirmou que a AWS está “crescendo em um ritmo que não víamos desde 2022” e que a inteligência artificial e a infraestrutura essencial estão experimentando uma demanda “forte”.

Os investidores seguiram reprecificando as apostas sobre a trajetória dos juros, após o Federal Reserve sinalizar uma possível pausa no ciclo de afrouxamento monetário.

Hoje (31), o presidente da unidade do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que um corte na taxa de juros em dezembro não está garantido — reforçando as declarações do presidente do BC, Jerome Powell. 

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Quando se trata da perspectiva da política monetária, “direi que todas as reuniões estão em aberto, não estamos em um curso predefinido, vamos deixar que as informações nos guiem”, disse Bostic em uma conferência do Fed de Dallas.

Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

  • Dow Jones: +0,09%, aos 47.562,87 pontos;
  • S&P 500: +0,26%, aos 6.840,20 pontos; 
  • Nasdaq: +0,61%, aos 23.724,95 pontos.

A sexta-feira (31) marcou o fim de uma semana, e de um mês, fortes para Wall Street. O índice S&P 500 subiu 0,7% nesta semana, enquanto o Nasdaq e o Dow Jones avançaram 2,2% e 0,8%, respectivamente.

Outubro — mês que registrou algumas das maiores perdas diárias da história do mercado de ações — viu o S&P 500 subir 2,3%. O Nasdaq saltou 4,7% e o Dow Jones, composto por 30 ações, avançou 2,5%. O Dow Jones registrou seu sexto mês positivo consecutivo pela primeira vez desde 2018.

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Na Europa, os mercados fecharam em queda. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou com queda de 0,51%, aos 571,89 pontos. Apesar do recuo, o índice encerrou o mês em alta — sendo a quarta valorização mensal consecutiva e o melhor desde maio. 

Na Ásia, os índices fecharam sem direção ainda com o acordo Trump-Xi. O índice Nikkei, do Japão, engatou um novo recorde e encerrou a sessão com alta de 2,12%, aos 51.411,34 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, teve queda de 1,43%, aos 25.906,65 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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