Mercados

Petrobras (PETR4) e Wall Street pesam e Ibovespa cai mais de 1%; dólar sobe a R$ 5,68

05 maio 2025, 17:34 - atualizado em 05 maio 2025, 18:04
recuo-economia-global
Ibovespa teve queda de mais de 1% puxado pelo tom negativo das bolsas de Wall Street e derrocada do petróleo (Imagem: iStock/hernan4429)

O Ibovespa (IBOV) acompanhou o tom negativo das bolsas de Wall Street. O índice também foi puxado pela forte queda das ações da Petrobras (PETR4), na esteira do desempenho do petróleo no mercado internacional.

Nesta segunda-feira (5), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 133.491,23 pontos, com baixa de 1,22%. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6899, com alta de 0,62% sobre o real. 

No cenário doméstico, os investidores dividiram as atenções entre resultados corporativos e expectativas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é de que o colegiado do Banco Central (BC) eleve a Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano.

No mercado de opções de Copom da B3, a precificação era de 74,75% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da Selic esta semana (ante 62,50% na sessão anterior) na atualização mais recente da última sexta-feira (2).

O mercado também repercutiu o Relatório Focus. Os economistas consultados pelo BC reduziu a projeção para inflação pela primeira vez em 17 semanas, de 5,55% para 5,53% em 2025 e ajustaram a estimativa para a Selic no fim do ano de 15% para 14,75%.

Em viagem aos EUA, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conversou com Bessent sobre a política tarifária norte-americana, no último domingo (4). O chefe da pasta econômica disse que os dois países estão negociando os “termos de um entendimento”.

Altas e quedas no Ibovespa 

As ações da Cogna (COGN3) lideraram os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 8%. A alta foi impulsionada por rumores de que a companhia e a Yduqs (YDUQ3) retomaram conversas para uma eventual fusão.

Na ponta negativa, Magazine Luiza (MGLU3) liderou as ponta negativa do principal índice da bolsa brasileira com a abertura da curva de juros futuros com a expectativa de uma nova elevação na Selic. Em linhas gerais, juros mais altos tendem a limitar o poder de compra dos consumidores. A varejista também contratou Jörg Friedemann, que já teve passagens pelo Nubank, para CEO do MagaluBank.

Entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR3;PETR4) acompanhou o desempenho negativo do petróleo após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmar um novo aumento na produção da commodity. Os contratos do petróleo Brent, referência mundial e para a política de preços da companhia, encerrou a sessão na mínima desde fevereiro de 2021. As ações preferencias da estatal, sob o ticker PETR4, foram os papéis mais negociados na B3, com quase 59 mil negócios.

Já Vale (VALE3) destoou do setor na reta final do pregão e fechou em leve alta.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores reagiram a novos dados econômicos em meio à expectativa da decisão sobre os juros pelo Federal Reserve (Fed) — que deve manter os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

Entre os dados, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor de serviços dos EUA aumentou de 50,8 em março para 51,6 em abril, segundo o Instituto de Gestão de Fornecimento. Os economistas consultados pela Reuters previam queda para 50,2.

Uma leitura do PMI acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia norte-americana. O instituto associa uma leitura acima de 49 ao longo do tempo com o crescimento da economia como um todo.

As negociações sobre as tarifas também movimentaram o pregão. Hoje, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que os EUA estão perto de fechar acordos comerciais com diversos parceiros, mas destacou que a China ainda apresenta resistência às negociações.

Confira como fecharam os índices de Nova York:

  • S&P 500: -0,64%, aos 5.650,38 pontos; 
  • Dow Jones: -0,24%, aos 41.218,83 pontos;
  • Nasdaq: -0,74%, aos 17.844,24 pontos.

Compartilhar

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.