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Ibovespa (IBOV) abre em leve alta aos 136 mil pontos com ata do Copom; 5 coisas para saber ao investir hoje (13)

13 maio 2025, 10:06 - atualizado em 13 maio 2025, 10:11
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Ibovespa abre em alta nesta terça-feira (13) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta terça-feira (13) em leve alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,17%, aos 136.802,12 pontos, por volta de 10h06 (horário de Brasília).



O dólar à vista perde força ante o real nas primeiras horas de negociações com a trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China, que fizeram um acordo de redução das tarifas adicionais de importação no último fim de semana. A repercussão da ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) também repercute sobre o câmbio.

No mesmo horário, o dólar à vista caía a R$ 5,6358 (-0,60%).

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça (13)

1 – Ata do Copom

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) concentra as atenções do mercado nesta terça-feira (13). Na semana passada, o colegiado do BC elevou a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 14,75% ao ano, e deixou a janela aberta para um possível fim do ciclo de aperto monetário.

O documento, divulgado hoje mais cedo pelo Banco Central (BC), destacou que s incertezas em torno da política econômica nos Estados Unidos e a guerra tarifária contra a China têm impacto sobre expectativas e inflação. Para os diretores, o ambiente externo “mostra-se adverso e particularmente incerto”.

O colegiado do BC também afirmou que as expectativas seguem desancoradas, o que torna apropriado ter juros elevados por mais tempo. “Na discussão sobre o tema das expectativas de inflação, a principal conclusão obtida e compartilhada por todos os membros do Comitê foi de que, em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma restrição monetária maior e por mais tempo do que outrora seria apropriado”, disse o documento.

A ata indicou ainda que, dada a política fiscal corrente e futura, adotará a condução de política monetária apropriada para a convergência da inflação à meta.

2- Lula na China

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em viagem à China para participar do Fórum China-Celac, que reúne autoridades latino-americanas e caribenhas. .

Em um dos encontros, Lula e o presidente da China, Xi Jinping, defenderam o multilateralismo e o livre comércio, em meio à guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos e que atinge os dois países.

“China e Brasil estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo. A defesa intransigente do multilateralismo é uma tarefa urgente e necessária”, disse Lula. “Guerras comerciais não têm vencedores. Elas elevam os preços, deprimem as economias e corroem a renda dos mais vulneráveis em todos os países.”

Esse foi o terceiro de Lula com Xi desde que o presidente brasileiro tomou posse em janeiro de 2023, ressaltando o estreitamento das relações do Brasil com a China, seu maior parceiro comercial.

3 – Balanços corporativos

Os balanços corporativos do primeiro trimestre de 2025 (1T25) seguem disputando as atenções dos investidores. Os números de Petrobras (PETR3;PETR4), Sabesp (SBSP3) e Natura (NTCO3) estão entre os destaques.

A Petrobras (PETR3;PETR4) registrou lucro líquido de R$ 35,21 bilhões no 1T25, alta de 48,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com impactos positivos de natureza contábil, inclusive relacionados ao câmbio. Com o resultado, a estatal aprovou um pagamento de R$ 11,7 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares aos acionistas.

A Sabesp (SBSP3) teve lucro líquido de R$ 1,5 bilhão no 1T25, um salto de 80% ante o ganho dos primeiros três meses de 2024 e acima da expectativa média no mercado. Os analistas esperavam lucro de R$ ,2 bilhão no período, segundo média das estimativas compiladas pela LSEG.

Já a Natura (NTCO3reportou um prejuízo líquido de R$ 150,7 milhões no 1T25, uma queda de 83,9% em comparação ao prejuízo do mesmo período de 2024.

4 – Inflação nos EUA

Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou alta de 0,2% em abril, segundo o Bureau of Labor Statistics (Departamento de Estatísticas do Trabalho) do país. O número ficou em linha o esperado pelo mercado. Já em 12 meses, a inflação subiu para 2,3%, um pouco abaixo da previsão dos analistas.

O núcleo do CPI, que exclui preços voláteis de alimentos e energia, também aumentou 0,2% no mês e para 2,8% no acumulado do ano. A previsão era de 0,3% e 2,8%, respectivamente.

Embora o CPI não seja o dado inflacionário de referência do Federal Reserve (Fed), ele serve para calibrar as apostas dos agentes financeiros sobre a trajetória dos juros norte-americanos.

Após o dado, os agentes financeiros mantiveram a chance de os juros ficarem em inalterados, na faixa de 4,25% a 4,50%, na reunião do Fed em junho. A probabilidade é de 91,8% de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group.

5 – Trégua na guerra comercial

Nesta terça-feira (13), a China retirou a proibição de que as companhias aéreas do país recebam aviões Boeing, segundo informações da Bloomberg. No mês passado, a fabricante de aeronaves norte-americana disse que os clientes na China não receberiam novos aviões devido às tarifas, e que estava procurando revender dezenas de aeronaves.

Durante a teleconferência de resultados, os executivos da Boeing afirmaram que a empresa planejava a entrega de 50 jatos para as companhias aéreas chinesas este ano, sendo 41 deles já em produção ou pré-construídos.

O movimento acontece após a trégua firmada entre os Estados Unidos e a China a respeito das tarifas recíprocas. As duas maiores economias do mundo reduziram as taxas sobre os bens e mercadorias por 90 dias. Durante o período, a tarifa dos EUA sobre os produtos chineses caíram de 145% para 30%, enquanto as taxas da China sobre os produtos norte-americanos passaram de 125% para 10%.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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