Ibovespa (IBOV) recua com petróleo em ‘ressaca’ de recordes; 5 coisas para saber antes de investir hoje (28)
O Ibovespa (IBOV) inicia a sessão desta terça-feira (28) em queda, pressionado pelo desempenho negativo do petróleo e realização de parte dos ganhos — após o índice renovar os recordes intradia e de fechamento na véspera (27).
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha recuo de 0,18%, aos 146.701,63 pontos.
O dólar à vista opera em alta ante o real, na esteira do exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,3796 (+0,17%).
Day Trade:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça-feira (28)
1 – Bolsonaro apresenta recurso ao STF
Nesta segunda-feira (28), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou um recurso contra a condenação imposta pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes, segundo a Reuters.
No documento de 85 páginas, os advogados do ex-presidente contestaram a condenação a 27 anos e 3 meses de prisão imposta pelo tribunal em setembro, com regime de cumprimento inicialmente fechado, chamando-a de injusta.
Entre as alegações, a defesa do ex-presidente repetiu uma série de argumentos apresentados durante o julgamento. Disse, por exemplo, que não há provas que o vinculem aos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, e falou em ausência de credibilidade da delação do ex-ajudante de ordens dele, Mauro Cid. Também defendeu que Bolsonaro não poderia ser condenado ao mesmo tempo pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
“O voto divergente do ministro Luiz Fux também reforça essa necessidade de exame dogmático rigoroso, reconhecendo o risco de excesso acusatório e a importância de distinguir as fases do iter criminis — distinção essa inexistente no acórdão vencedor”, citaram os advogados de Bolsonaro, mencionando o voto derrotado no colegiado.
O recurso da defesa de Bolsonaro deverá ser analisado pela Primeira Turma em novembro, segundo uma fonte do STF.
2- Aprovação de Lula
O governo do Luiz Inácio Lula da Silva 49,2% de desaprovação dos brasileiros, de acordo com levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira (28). A gestão é aprovada por 47,9%.
Em relação à pesquisa anterior, realizada em agosto, a desaprovação recuou 4,4 pontos percentuais. Já o percentual dos que aprovam o governo Lula — o mais alto desde janeiro de 2024 — aumentou 5 pontos percentuais nos últimos dois meses.
Foram ouvidas 2.020 pessoas em todo o país entre os dias 21 e 24 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
3- Juros nos EUA
A reunião do Comitê de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) começa nesta terça-feira (28). O encontro se estende até amanhã (29), com a divulgação da nova decisão de política monetária.
A expectativa do mercado é de que o Fomc opte por mais um corte de 0,25 ponto percentual, levando os juros para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano.
De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, os operadores veem 97,8% de chance de o Fed reduzir os juros nesta quarta-feira (29). Ontem (27), a probabilidade era de 97,3%. Apenas 2,2% dos agentes financeiros apostam em manutenção das taxas.
Amanhã (29), após a decisão, o mercado deve acompanhar a coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell.
4- Novo presidente do Fed
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que há uma longa lista de pessoas que podem assumir o controle do Fed, criticando o atual presidente do BC norte-americano, Jerome Powell.
“Temos um chefe incompetente do Fed. Temos um cara ruim no Fed, mas ele sairá de lá em alguns meses e teremos alguém novo”, disse Trump a líderes empresariais em um jantar em Tóquio durante sua viagem de uma semana à Ásia. O mandato de Powell termina em maio.
O presidente republicano acrescentou que queria que Scott Bessent assumisse o controle do BC, mas que o chefe do Tesouro recusou: “Estou pensando nele para o Fed, mas ele não aceitará o cargo. Ele gosta de ser (secretário) do Tesouro, então não estamos pensando nele”.
Na véspera (27), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que o governo pretende definir o nome do próximo presidente do “antes do Natal”. Ele também mencionou cinco possíveis nomes para a chefia do Fed:
- Christopher Waller e Michelle Bowman, diretores do Fed;
- Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca;
- Kevin Warsh, ex-diretor do Fed;
- Rick Rieder, executivo da gestora BlackRock.
5 – Acordo EUA-Japão
Nesta terça-feira (28), o Japão e os Estados Unidos fecharam acordos e parcerias sobre reatores de energia nuclear de nova geração e terras raras
Eles assinaram os documentos, que incluíam minerais críticos, no Palácio Akasaka em Tóquio, e não fizeram nenhuma menção pública direta à China, que processa mais de 90% das terras raras do mundo — o que a torna a fonte de preocupação de cada país com relação à sua cadeia de oferta. Pequim recentemente ampliou as restrições sobre exportações.
Segundo comunicado da Casa Branca, os dois países usarão ferramentas de política econômica e investimentos coordenados para acelerar o “desenvolvimento de mercados diversificados, líquidos e justos para minerais essenciais e terras raras”
Eles pretendem fornecer apoio financeiro a projetos selecionados nos próximos seis meses, acrescentou a nota.
Enquanto a China domina a extração global de terras raras, os Estados Unidos e Mianmar controlam 12% e 8%, respectivamente, segundo o Eurasia Group, com a Malásia e o Vietnã cobrindo o processamento — onde a China também é a principal participante — de outros 4% e 1% cada.
Há a expectativa de um encontro — e possível acordo — entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, na próxima quinta-feira (30).
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*Com informações de CNN Brasil, Estadão Conteúdo e Reuters