Mercados

Ibovespa (IBOV) recua com petróleo em ‘ressaca’ de recordes; 5 coisas para saber antes de investir hoje (28)

28 out 2025, 10:10 - atualizado em 28 out 2025, 10:12
ibovespa-ibov-acoes-fechamento
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) inicia a sessão desta terça-feira (28) em queda, pressionado pelo desempenho negativo do petróleo e realização de parte dos ganhos — após o índice renovar os recordes intradia e de fechamento na véspera (27).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha recuo de 0,18%, aos 146.701,63 pontos. 



O dólar à vista opera em alta ante o real, na esteira do exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,3796 (+0,17%).

Day Trade: 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça-feira (28)

1 – Bolsonaro apresenta recurso ao STF

Nesta segunda-feira (28), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou um recurso contra a condenação imposta pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes, segundo a Reuters.

No documento de 85 páginas, os advogados do ex-presidente contestaram a condenação a 27 anos e 3 meses de prisão imposta pelo tribunal em setembro, com regime de cumprimento inicialmente fechado, chamando-a de injusta.

Entre as alegações, a defesa do ex-presidente repetiu uma série de argumentos apresentados durante o julgamento. Disse, por exemplo, que não há provas que o vinculem aos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, e falou em ausência de credibilidade da delação do ex-ajudante de ordens dele, Mauro Cid. Também defendeu que Bolsonaro não poderia ser condenado ao mesmo tempo pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

“O voto divergente do ministro Luiz Fux também reforça essa necessidade de exame dogmático rigoroso, reconhecendo o risco de excesso acusatório e a importância de distinguir as fases do iter criminis — distinção essa inexistente no acórdão vencedor”, citaram os advogados de Bolsonaro, mencionando o voto derrotado no colegiado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O recurso da defesa de Bolsonaro deverá ser analisado pela Primeira Turma em novembro, segundo uma fonte do STF.

2- Aprovação de Lula

O governo do Luiz Inácio Lula da Silva 49,2% de desaprovação dos brasileiros, de acordo com levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira (28). A gestão é aprovada por 47,9%.

Em relação à pesquisa anterior, realizada em agosto, a desaprovação recuou 4,4 pontos percentuais. Já o percentual dos que aprovam o governo Lula — o mais alto desde janeiro de 2024 — aumentou 5 pontos percentuais nos últimos dois meses.

Foram ouvidas 2.020 pessoas em todo o país entre os dias 21 e 24 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

3- Juros nos EUA

A reunião do Comitê de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) começa nesta terça-feira (28). O encontro se estende até amanhã (29), com a divulgação da nova decisão de política monetária.

A expectativa do mercado é de que o Fomc opte por mais um corte de 0,25 ponto percentual, levando os juros para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano.

De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, os operadores veem 97,8% de chance de o Fed reduzir os juros nesta quarta-feira (29). Ontem (27), a probabilidade era de 97,3%. Apenas 2,2% dos agentes financeiros apostam em manutenção das taxas.

Amanhã (29), após a decisão, o mercado deve acompanhar a coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

4- Novo presidente do Fed

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que há uma longa lista de pessoas que podem assumir o controle do Fed, criticando o atual presidente do BC norte-americano, Jerome Powell.

“Temos um chefe incompetente do Fed. Temos um cara ruim no Fed, mas ele sairá de lá em alguns meses e teremos alguém novo”, disse Trump a líderes empresariais em um jantar em Tóquio durante sua viagem de uma semana à Ásia. O mandato de Powell termina em maio.

O presidente republicano acrescentou que queria que Scott Bessent assumisse o controle do BC, mas que o chefe do Tesouro recusou: “Estou pensando nele para o Fed, mas ele não aceitará o cargo. Ele gosta de ser (secretário) do Tesouro, então não estamos pensando nele”.

Na véspera (27), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que o governo pretende definir o nome do próximo presidente do  “antes do Natal”. Ele também mencionou cinco possíveis nomes para a chefia do Fed:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Christopher Waller e Michelle Bowman, diretores do Fed;
  • Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca;
  • Kevin Warsh, ex-diretor do Fed;
  • Rick Rieder, executivo da gestora BlackRock.

5 – Acordo EUA-Japão

Nesta terça-feira (28), o Japão e os Estados Unidos fecharam acordos e parcerias sobre reatores de energia nuclear de nova geração e terras raras

Eles assinaram os documentos, que incluíam minerais críticos, no Palácio Akasaka em Tóquio, e não fizeram nenhuma menção pública direta à China, que processa mais de 90% das terras raras do mundo — o que a torna a fonte de preocupação de cada país com relação à sua cadeia de oferta. Pequim recentemente ampliou as restrições sobre exportações.

Segundo comunicado da Casa Branca, os dois países usarão ferramentas de política econômica e investimentos coordenados para acelerar o “desenvolvimento de mercados diversificados, líquidos e justos para minerais essenciais e terras raras”

Eles pretendem fornecer apoio financeiro a projetos selecionados nos próximos seis meses, acrescentou a nota.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Enquanto a China domina a extração global de terras raras, os Estados Unidos e Mianmar controlam 12% e 8%, respectivamente, segundo o Eurasia Group, com a Malásia e o Vietnã cobrindo o processamento — onde a China também é a principal participante — de outros 4% e 1% cada.

Há a expectativa de um encontro — e possível acordo — entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, na próxima quinta-feira (30).

*Com informações de CNN Brasil, Estadão Conteúdo e Reuters

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar