Mercados

Ibovespa tem forte queda com pressão das tarifas de Trump; dólar sobe a R$ 5,47

07 jul 2025, 17:22 - atualizado em 07 jul 2025, 17:29
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O Ibovespa acompanhou o tom negativo das bolsas de Nova York com pressão das tarifas de Trump e pesos-pesados (Imagem: iStock/hernan4429)

O Ibovespa (IBOV) acompanhou a aversão a risco do exterior com pressão das políticas tarifárias dos Estados Unidos e ameaças do presidente Donald Trump ao Brics.

Nesta segunda-feira (7), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 1,26%, aos 139.489,70 pontos, 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4778, com alta de 0,98%

No cenário doméstico, os investidores acompanharam as novas estimativas para a economia brasileira, enquanto a judicialização do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seguiu no radar.

Os economistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram a projeção para a Selic em 15%, reduziram a previsão de inflação (IPCA) de 5,20% para 5,18% e aumentaram a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,23% para este ano, segundo o Boletim Focus divulgado hoje (7) pela manhã.

Contudo, as atenções ficaram concentradas nas políticas comerciais. No fim de semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que adicionará uma tarifa de 10% sobre os produtos dos países que se alinharem ao bloco econômico formado por BrasilRússiaÍndiaChina e África do Sul, o BRICS.

EgitoEtiópiaIndonésiaIrã e Emirados Árabes Unidos fazem parte do bloco como membros desde o ano passado. A cúpula está reunida no Rio de Janeiro.

Em resposta, o governo brasileiro afirmou que a ameaça de Trump confirma  a importância do bloco e de sua defesa do multilateralismo e das regras internacionais de comércio, de acordo com fontes à Reuters.

Também segundo a Reuters, o governo Trump não pretende impor imediatamente uma nova tarifa de 10% contra os membros do Brics, mas fará isso se os países individualmente adotarem as chamadas ações políticas “antiamericanas”.

Altas e quedas no Ibovespa

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada por BRF (BRFS3) e acompanhada por Marfrig (MRFG3), em meio ao processo de fusão das companhias.

Hoje (7),  o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pediu dez dias para uma defesa formal das empresas sobre o recurso da  Minerva Foods (BEEF3) contra o negócio, de acordo com informações da agência Broadcast.

O início da contagem de dias ainda depende de publicação da decisão no Diário Oficial e pode coincidir com as assembleias (AGEs) da BRF e da Marfrig para votar sobre a fusão, prevista para o dia 14.

A ponta negativa foi liderada por Engie (EGIE3), com pressão vendedora após alta nos últimos pregões, motivadas por operações de short squeeze. 

Os pesos-pesados do índice também caíram com aversão a risco. Entre eles, Vale (VALE3) caiu mais de 1% na esteira do desempenho do minério de ferro na China. Já a Petrobras (PETR3;PETR4) destoou do avanço de quase 2% do petróleo Brent e fechou em baixa.

Exterior 

Os índices de Wall Street encerraram a sessão com queda de 1% com tarifas de Trump no radar. O fim da ‘trégua’ da política tarifária e das negociações com países que são parceiros comerciais está prevista para a próxima quarta-feira (9).

Ontem (6), o presidente Donald Trump afirmou que o país está perto de perto de finalizar vários acordos comerciais e notificarão outros países sobre as tarifas mais altas até a quarta-feira (9). Segundo ele, as “novas” taxas para importação entrarão em vigor em 1º de agosto.

Já durante a tarde desta segunda-feira (7), a Casa Branca confirmou a taxação de 25% sobre os produtos japoneses e sul-coreanos e que outros 12 países receberão cartas sobre comércio que serão publicadas na plataforma Truth Social.

Na Ásia, os índices fecharam em queda com a retomada das tarifas recíprocas a partir de agosto e a tarifa adicional de 10% para os BRICS — bloco do qual a China faz parte. O índice Nikkei, do Japão, caiu 0,56%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,12%.

Na Europa, os mercados terminaram o pregão em alta. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou esta segunda-feira com alta de 0,41%, aos 543,36 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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