Mercados

Ibovespa cai mais de 1% e volta ao nível dos 137 mil pontos com tarifa de Trump; dólar sobe a R$ 5,50

09 jul 2025, 17:28 - atualizado em 09 jul 2025, 17:32
Queda Ibovespa
O Ibovespa destoou das máximas de Wall Street e caiu mais de 1% com novas tarifas de Trump sobre os produtos brasileiros (Imagem: iStock/Lemon_tm)

O Ibovespa (IBOV) engatou a terceira sessão consecutiva de perdas com temor renovado por novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil. A perspectiva de que a Selic deve permanecer elevada por mais tempo também pressionou os ativos locais.

Nesta quarta-feira (9), o principal índice da bolsa brasileira perdeu quase 2 mil pontos e terminou o pregão com queda de 1,31%, aos 137.480,79 pontos, 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5024, com alta de 1,04%

No cenário doméstico, o mercado concentrou as atenções em novas declarações do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo.

Galípolo reafirmou que todos os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) estão “bastante incomodados” com a desancoragem das expectativas de mercado para a inflação, enfatizando que o BC persegue o centro da meta , de 3%.

“Tenho visto que a maior parte das críticas à elevada taxa de juros, de 15%, muitas vezes está associada a uma sugestão, vamos dizer assim, de que não se deveria cumprir a meta”, disse Galípolo durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

No início da tarde, o presidente dos EUA  refez novas ameaças tarifárias ao Brasil. E, logo após o fechamento do pregão, Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.

Altas e quedas no Ibovespa

Os pesos-pesados pesaram no principal índice da bolsa brasileira. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) e da Vale (VALE3) caíram mais de 1% com a aversão ao risco no cenário doméstico.

A ponta negativa do Ibovespa, porém, foi liderada por PetroReconcavo (RECV3), em reação aos dados operacionais de junho. Para os analistas da XP, os dados da produção de junho foram “marginalmente negativos”.

“Isso marca o segundo declínio mensal consecutivo após uma série de aumentos sequenciais na produção da PetroReconcavo”, escreveram os analistas Regis Cardoso e João Rodrigues.

Já ponta positiva foi liderada por Braskem (BRKM5) com a aprovação de urgência de um projeto de lei (PL) que beneficia a indústria química na Câmara dos Deputados. Além disso, as negociações da petroquímica com a Petrobras acerca de um novo contrato de fornecimento de gás natural está em fase avançada, segundo o Valor Econômico.

Exterior 

Os índices de Wall Street encerraram a sessão em alta e Nasdaq renovou o recorde de fechamento. 

Como o prometido, o presidente Donald Trump anunciou novas tarifas “recíprocas” para sete países. Os produtos produzidos na Líbia, Iraque, Sri Lanka e Argélia serão taxados em 30%, da Moldávia e Brunei serão submetidos a uma taxa de 25% e os bens e mercadorias da Filipinas sofrerão uma alíquota de 20% na importação nos Estados Unidos.

Com isso, os EUA já anunciaram novas tarifas a 21 países. Na última terça-feira (7), o chefe da Casa Branca enviou cartas a 14 países, incluindo Japão e Coreia do Sul, com as “novas” taxas, que variam de 25% a 40%.

Na Ásia, os índices sem direção única com a política tarifária dos EUA no radar. O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,33%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,06%.

Na Europa, os mercados terminaram o pregão em tom positivo com otimismo de negociações comerciais dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou esta quarta-feira com alta de 0,73%, aos 549,716 pontos. Em destaque, o índice acionário da bolsa alemã, DAX, renovou o recorde histórico nominal aos 24.549,56 pontos. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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