Ibovespa (IBOV) cai e perde os 135 mil pontos com payroll dos EUA; 5 coisas para saber antes de investir hoje (2)

O Ibovespa (IBOV) inicia o pregão desta sexta-feira (2) em queda, com os investidores atentos a dados no exterior. Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,06%, aos 134.917,70 pontos.
No mesmo horário, o dólar à vista também operava em baixa, a R$ 5,6409 (-0,63%), pouco tempo após renovar a mínima intradia.
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Day Trade:
Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta sexta-feira (2)
1 – Relatório de emprego nos EUA
Os Estados Unidos (EUA) criaram 177 mil vagas de emprego em abril de 2025, de acordo com o payroll divulgado nesta sexta-feira (2) pelo Departamento do Trabalho do país. A leitura ficou acima das expectativas do mercado, que esperavam uma criação de 138 mil vagas.
Ainda assim, os dados do mês passado desaceleraram frente à leitura de março, quando a economia norte-americana abriu 228 mil postos de emprego (dado revisado hoje).
Na avaliação da Ativa Investimentos, o payroll de abril não confirmou a fraqueza sugerida pelo relatório do setor privado da ADP, divulgado na quarta-feira (30), mas as revisões negativas dos meses anteriores mais do que compensaram a surpresa positiva — “o que nos leva a avaliar a divulgação como negativa”.
“Avaliamos que o Payroll será considerado um não evento do ponto de vista da política monetária”, disse o economista-chefe, Étore Sanchez.
2- Trump elimina benefício comercial como parte de tarifas sobre a China
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou o acesso isento de impostos para remessas de baixo valor da China e de Hong Kong nesta sexta-feira (2), removendo as isenções aproveitadas por Shein, Temu e outras empresas de comércio eletrônico — bem como por traficantes de fentanil.
Itens avaliados em até US$ 800 e enviados da China por meio de serviços postais estão agora sujeitos a um imposto de 120% do valor do pacote ou a uma taxa fixa de US$ 100 por pacote — um valor que aumentará para US$ 200 em junho. Os remetentes estão se preparando para um maior caos nos aeroportos.
Trump acusa a China de práticas comerciais injustas e a culpa por uma crise de saúde relacionada ao fentanil.
3- China diz estar “avaliando” negociação de tarifas com os EUA
A China está “avaliando” uma oferta dos Estados Unidos para manter conversações sobre as tarifas de 145% do presidente norte-americano, Donald Trump, disse o Ministério do Comércio chinês nesta sexta-feira (2), embora tenha advertido os EUA a não usar “extorsão e coerção”.
O Ministério do Comércio chinês disse que os EUA entraram em contato com a China para buscar conversações sobre as tarifas de Trump e que Pequim está de portas abertas para discussões, sinalizando um possível alívio na guerra comercial.
4 – BlackRock aumenta participação acionária na Marcopolo (POMO4)
A Marcopolo (POMO4) informou ao mercado nesta sexta-feira (2) que a Blackrock adquiriu mais ações da companhia e passou a deter uma participação acima de 5%, de acordo com documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em 29 de abril, a gestora, de forma agregada, passou a deter 36.333.062 ações preferenciais, o que representa 5,002% do total de ações da companhia.
Além disso, a BlackRock agora detém 13.881.582 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias com liquidação financeira, o que corresponde a 1,911% do total, e 2.647.148 ações ordinárias, representando aproximadamente 0,646%.
5- WEG (WEGE3) anuncia compra de empresa norte-americana; JP Morgan corta preço-alvo da ação
Na última quinta-feira (1º), a WEG (WEGE3) anunciou a aquisição dos ativos da Heresite Protective Coatings, empresa de revestimentos industriais sediada nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (1°).
Para a compra, a empresa brasileira desembolsou US$ 9,5 milhões, o equivalente a R$ 53,7 milhões. O valor, porém, ainda está sujeito a ajustem comuns da operacional. De acordo com a WEG, os ativos adquiridos já serão consolidados nas demonstrações financeiras a partir deste mês de maio.
Já hoje (2), o JP Morgan cortou o preço-alvo das ações de R$ 66 para R$ 61, refletindo os números do primeiro trimestre de 2025 (1T25), divulgados na última quarta-feira (30). O banco reiterou a recomendação de compra.
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*Com informações de Reuters