Mercados

Ibovespa segue bolsas globais e abre em queda, com temor da inflação

19 maio 2022, 10:07 - atualizado em 19 maio 2022, 10:07
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Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta. (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa caía na abertura do pregão desta quinta-feira (19), com os índices futuros norte-americanos em baixa por conta da preocupação dos investidores com a inflação.

Por volta das 10h05, a o principal índice da bolsa recuava 0,41%, aos 105,8 mil pontos. Os futuros do S&P caíam 1,13%, enquanto o Stoxx 600 tinha baixa de 2,12%.

Ontem, o temor do mercado foi alimentado por rumores em relação a lockdowns para conter contágios da covid-19 em regiões na cidade de Tainjin, na China.

Os investidores viram uma possível postergação de normalização das cadeias produtivas, o que geraria uma inflação persistentemente mais elevada ao redor do mundo.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta, em um reflexo das perdas das bolsas americanas no dia anterior. O índice Hang Seng (Hong Kong) caiu 2,54% e o japonês Nikkei recuou 1,89%.

O mercado agora digere a divulgação da ata do Banco Central Europeu há pouco, que mostrou que dirigentes expressaram preocupação com os números de inflação alta. O vice-presidente da instituição, Luis de Guindos, fala às 9h30 (horário de Brasília).

Os Estados Unidos informaram que os novos pedidos de auxílio-desemprego aumentaram inesperadamente na semana passada. No entanto, o mercado de trabalho continua apertado em meio à escassez de trabalhadores.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 21 mil, para 218 mil em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 14 de maio, o nível mais alto desde janeiro, disse o Departamento do Trabalho nesta quinta.

Ainda na agenda dos EUA, o presidente do Fed Minneapolis, Neel Kashkari, fala a partir das 17h.

Agenda local

O BB Investimentos destaca que, em dia de agenda local esvaziada de indicadores, o mercado monitora os discursos do Ministério da Economia na divulgação de suas projeções macroeconômicas, especialmente para o PIB e inflação.

A Secretaria de Política Econômica da Pasta divulga às 14h30 a nova grade de parâmetros econômicos, com projeções atualizadas para o PIB e a inflação.

Em seguida, o ministro da Economia, Paulo Guedes e o secretário de Política Econômica, Pedro Calhman, falam sobre o documento.

Ontem, a Câmara aprovou a urgência para tramitação de um projeto de lei complementar (PLP) que fixa um teto de 17% para o ICMS incidente sobre energia e combustíveis.

A urgência aprovada significa que o projeto pode ir direto ao plenário da Câmara sem passar pelas comissões.

Conforme destaque o analista da Empiricus Matheus Spiess, o avanço do texto contribui para a percepção de deterioração fiscal, pressionando os vértices mais longos da curva de juros – e, assim, deteriorando a avaliação do mercado sobre as empresas.

*Com informações da Reuters 

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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