Ibovespa: Ação escorraçada por analistas lidera altas do mês; vale investir?

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A Petrobras (PETR3;PETR4) liderou as altas de abril, em meio ao imbróglio com os dividendos. A ação ordinária encerrou o mês em alta de 18,65%, enquanto a preferencial subiu 15,57%.

Com isso, o papel mais que recuperou o tombo de 8 de março, após desabar 12% depois que conselho de administração segurou os dividendos extraordinários.

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O fato provocou um pandemônio na bolsa, com inúmeros bancos cortando a recomendação do papel, como Bradesco BBI, Santander e Bank of América.

O Santander, por exemplo, argumentou que apesar dos fortes fundamentos, sem os dividendos extraordinários, a visibilidade sobre a alocação de capital no curto prazo caiu de maneira significativa, “especialmente dada a posição de caixa esperada de US$ 18 bilhões ao fim de 2023 (vs. a posição de caixa de referência de US$ 8 bilhões) e o apetite por M&A (fusões e aquisições)”.

Apesar disso, ao longo do mês, o mercado entendeu que o Governo iria ceder e pagar os dividendos, o que de fato ocorreu.

Na última quinta-feira, a empresa anunciou o pagamento de R$ 22 bilhões, 50% dos valores estocados. É esperado que os outros 50% sejam pagos até o final do ano, o que ajuda a dar ainda mais ânimo para investidores.

Petrobras: Vale a pena comprar ações da estatal?

Segundo a XP Investimentos, em relatório assinado pela analista Helena Kelm e a redatora Juliana Kirihata, a recomendação é de “compra” para as ações da estatal.

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A XP afirma que as ações da Petrobras passaram por uma forte alta em 2023, influenciada pela reclassificação de risco e revisão de lucros, produção surpreendendo positivamente, e a diferença de preço entre o barril de petróleo bruto e seus subprodutos (crack spreads) acima do esperado.

Por um lado, destaca, com esse desempenho, o valuation da empresa agora está mais próximo ao das majors europeias e chinesas, além dos riscos, sendo fusões e aquisições um dos principais destaques.

“Por outro lado, a empresa ainda possui um valuation descontado, e isso soma-se ao fato de que ela deve apresentar um crescimento de produção relevante (aproximadamente 30%) nos próximos cinco anos”, complementa.

A projeção da XP é de dividend yield de 14% em 2025 e preço-alvo de R$ 45,10.

Com Giovanna Castro

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