Ibovespa

Ibovespa aos 170 mil pontos: Por que o Safra projeta alta de 21% do índice nos próximos 12 meses — e diz quais ações investir até lá

20 maio 2025, 13:10 - atualizado em 20 maio 2025, 14:51
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Fim do ciclo de altas na Selic e tendência positiva dos balanços corporativos devem impulsionar o Ibovespa a novos recordes históricos (Imagem: iStock.com/primeimages)

Ibovespa (IBOV) superou os 140 mil pontos pela primeira vez na última segunda-feira (19), em uma sequência de recordes iniciada na semana passada. Com o forte avanço recente, o Safra revisou a estimativa para o principal índice da bolsa brasileira nos próximos 12 meses. 

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Agora, o banco estima o Ibovespa aos 170 mil pontos em meados de 2026, o que representa um potencial de valorização de 21,7% sobre o preço de fechamento da véspera (19). 

Para os analistas do Safra, a perspectiva de fim do ciclo de aperto monetário foi reforçada por sinais de moderação na atividade econômica — o que resulta “em melhora no sentimento do mercado para o primeiro semestre deste ano atribuída à expectativa de queda nas taxas de juros futuros e de redução do risco-país”. 

No ano, o Ibovespa já acumula alta de cerca de 16%, acompanhando o bom desempenho das bolsas da China e do México

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Novos recordes do Ibovespa à vista 

Os analistas do Safra atribuem o recente desempenho positivo do Ibovespa a, pelo menos, três motivos: indicadores econômicos com sinais de desaceleração, resultados corporativos “ainda saudáveis” e a guerra tarifária entre Estados Unidos e a China

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Segundo eles, as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, em especial, geraram uma busca por diversificação de portfólios. Desde janeiro, os investidores estrangeiros injetaram cerca de R$ 19,8 bilhões na B3. 

Mas, apesar do salto no acumulado do ano, a bolsa brasileira continua barata — o que torna o ambiente favorável para novos recordes. 

Nas contas do Safra, o Ibovespa segue sendo negociado 24% abaixo de sua média histórica de 10 anos. “Dentre os emergentes, o Brasil se destaca com um desconto acima da média”, escreveram os analistas Cauê Pinheiro, Carolina Carneiro, Yves Adam e Luana Nunes em relatório. 

Além do valuation atrativo, as empresas brasileiras continuam com fundamentos sólidos, a exemplo do desempenho apresentado no primeiro trimestre de 2025 (1T25), que mostra expansão nos lucros de aproximadamente 13% ano a ano. 

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A expectativa de fim do ciclo de aperto monetário na taxa básica de juros, a Selic, também pode contribuir para a valorização do Ibovespa daqui para frente. 

“Com a proximidade do fim do ciclo de altas nos juros, podemos esperar resultados mais positivos das companhias em 2026 e maior migração de recursos de investidores locais da renda fixa para renda variável”, afirmaram os analistas. 

O time de macroeconomia do banco espera que a Selic mantenha-se em 14,75% ao ano até meados do quarto trimestre (4T25), para enfrentar a inflação projetada de 5,1% deste ano. Contudo, a Selic deve encerrar 2025 a 13,75% ao ano. 

Em 2026, o Safra estima a taxa de juros a 11%, com a inflação próxima da meta, em 3,8%. 

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Onde investir? 

Os analistas do Safra avaliam que o atual momento sugere um posicionamento mais balanceado na carteira de ações, considerando a valorização acumulado do Ibovespa e a possibilidade de alguma estabilização do índice no curto prazo antes de um novo movimento de alta. 

Por isso, as ações defensivas — commodities, utilidades básicas, bancos e shoppings — representam 68% da carteira do banco, que também é composta por nomes mais cíclicos dos setores de construção e varejo alimentar. 

Para um horizonte de médio prazo, o Safra recomenda a maior participação em ações que podem se beneficiar de um cenário de juros mais baixos: Cyrela (Construção), Vivara (Varejo), Yduqs (Educação) e Localiza (Transportes).

Confira a seguir o preço-alvo das ações recomendadas para compra nos próximos 12 meses: 

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Empresa (Ação) Preço-alvo Potencial de valorização
Cyrela (CYRE3) R$ 33,50 +27%
Vivara (VIVA3) R$ 26,00 +7%
Yduqs (YDUQ3) R$ 15,00 -5%
Localiza (RENT3) R$ 47,80 +14%

 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.