Mercados

Ibovespa avança com recuperação de bancos e Petrobras; varejo pesa

17 dez 2019, 12:37 - atualizado em 17 dez 2019, 12:37
Ações da estatal petrolífera subiam perto de 1% (Imagem: Valter Silveira/Money Times)

A bolsa paulista buscava se sustentar no azul nesta terça-feira, com o Ibovespa apoiado principalmente na recuperação de bancos e das ações da Petrobras, enquanto o setor de varejo e consumo passava por forte correção negativa, em sessão sem tendência clara dos mercados no exterior.

Às 12:36, o Ibovespa subia 0,40%, a 112.358,77 pontos. O volume financeiro somava 5 bilhões de reais.

A sessão também é marcada por ajustes antes do vencimento de opções sobre o Ibovespa na quarta-feira.

Estrategistas do BTG Pactual e do Bradesco BBI divulgaram relatórios nesta terça-feira, estimando continuidade da trajetória positiva das ações brasileiras em 2020, citando entre outros pontos esperada aceleração do crescimento econômico.

A equipe do BTG comandada por Carlos Sequeira calcula que o Ibovespa alcançará 134 mil pontos em 2020, em um cenário que contempla crescimento sustentado de 2% do PIB e taxas de juros reais de longo prazo no patamar de 3%, entre outras variáveis.

Para a equipe do Bradesco BBI, liderada por Andre Carvalho, o Ibovespa pode alcançar 139 mil pontos, dada a combinação de crescimento sólido dos lucros e migração de recursos para as ações com aceleração da atividade, reformas e privatizações.

Destaques

Petrobras (PETR4) valorizava-se 0,9%, favorecida pela alta dos preços do petróleo, após forte queda nos dois pregões anteriores (de 5% no total) na esteira de anúncio do braço de investimentos do BNDES de que tem intenção de vender sua participação na petrolífera.

Banco Bradesco, (BBDC4)  subia 1% e Itaú (ITUB4) avançava 0,7%, após perdas na véspera com ruídos envolvendo a CPMF, que depois foram abafados. Banco do Brasil (BBAS3) tinha elevação de 0,8%, tendo ainda no radar que fez novo acordo com os Correios.

B3 (B3SA3)  tinha alta de 2%, ajudando o Ibovespa e também buscando reagir após queda de 5,5% na semana passada.

Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) avançavam 1,8% e 1,7%, respectivamente. A equipe da XP Investimentos destacou que os preços da celulose de fibra curta na China fecharam em alta esta semana e que, apesar da visibilidade permanecer baixa, avalia que o preço está próximo de um piso.

Via Varejo (VVAR3)  perdia 0,5%, em dia de correção negativa no setor de varejo, tendo também no radar evento da empresa com analistas e investidores, no qual o diretor presidente disse que a nova gestão da Via Varejo mira ‘maior turnaround’ do setor no Brasil. No evento, a empresa também estima terminar a terceira fase das investigações sobre fraude contábil em fevereiro. Magazine Luiza (MGLU3) caía 2,1% e  B2W (BTOW3) cedia 1,5%.

JBS (JBSS3) caía 2%, ampliando as perdas no mês e no último trimestre do ano, para quase 24%, após forte valorização nos nove primeiros meses, de cerca de 180%, diante das perspectivas de aumento da demanda externa principalmente, em razão do surto de peste suína africana na China.

No setor, BRF (BRFS3) cedia 2,3% e Marfrig (MRFG3), que precifica oferta de ações nesta sessão, subia 0,5%.

Vale (VALE3) mostrava estabilidade, acompanhando fraqueza de suas pares no exterior, tendo de pano de fundo a queda dos preços do minério de ferro na China.

Cyrela (CYRE3) caía  2,3%, também passando por ajuste, após renovar na véspera máxima histórica, ampliando a alta no ano para mais de 100%. O setor imobiliário tem sido beneficiado pelas perspectiva de retomada da economia e cenário de juros baixos com inflação controlada. O índice do setor acumula no ano valorização de mais de 60%.

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