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Ibovespa avança puxado por Vale, mas Powell e política reduzem fôlego

13 maio 2020, 11:08 - atualizado em 13 maio 2020, 12:48
Mercados Ibovespa
Investidores também repercutem comentários do presidente do banco central dos Estados Unidos (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O Ibovespa buscava se sustentar no azul nesta quarta-feira, com os papéis da Vale entre os principais suportes diante de nova alta dos contratos futuros do minério de ferro na China, enquanto a elevação do dólar ante o real ajudava exportadoras.

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Comentários do presidente do banco central dos Estados Unidos, contudo, enfraqueciam os ânimos, assim como a manutenção dos ruídos no cenário político nacional, com bancos e Petrobras – na esteira do petróleo – entre as maiores pressões de baixa.

Às 12:10, o Ibovespa subia 0,2%, a 78.027,37 pontos, em sessão marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre o índice. O volume financeiro no pregão somava 7,85 bilhões de reais

Nos EUA, o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que o país pode enfrentar um “período prolongado” de crescimento fraco e renda estagnada, prometendo usar mais o poder do Fed conforme necessário, e pediu mais gastos fiscais.

Ele deixou claro, no entanto, que não levará os juros abaixo de zero. As taxas de juros negativas, disse ele, “não são algo que estamos considerando”.

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Os comentários marcaram um aceno extraordinário aos riscos que a economia dos EUA enfrenta com as crises econômica e de saúde provocadas pela pandemia de coronavírus.

No Brasil, o imbróglio envolvendo acusações do ex-ministro Sergio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal e a tensão entre governo e Congresso devem manter o clima de instabilidade no ambiente político.

A equipe da Guide Investimentos destacou que os relatos na mídia até o momento sobre o conteúdo gravação da reunião ministerial preocuparam os investidores.

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Destaques

Vale (VALE3) subia 1,9%, após os futuros do minério de ferro na China saltaram ao maior nível em mais de nove meses e meio, o que blindava o papel da decisão do fundo soberano da Noruega de excluir de sua carteira investimentos a mineradora. O Credit Suisse, por sua vez, reduziu o preço-alvo do ADR de 15 para 14 dólares, mas reiterou ‘outperform’, citando possível retomada de dividendos em 2020 entre as 10 razões que justificam a ação ser sua ‘top pick’.

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B3 (B3SA3) ganhava 3,4%, também endossando o sinal positivo do Ibovespa.

Petrobras (PETR4) cedia 1,7% e Petrobras (PETR3) tinha declínio de 3%, em movimento alinhado à queda dos preços do petróleo no mercado externo. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou novamente sua projeção para a demanda global por petróleo neste ano.

BRF (BRFS3) valorizava-se 7,2%, com ações de proteínas novamente entre os destaques positivos, em meio ao movimento no câmbio e perspectivas favoráveis para a demanda principalmente chinesa. JBS (JBSS3) subia 5,2%, Marfrig (MRFG3) tinha alta de 2,7% e Minerva (BEEF3) ganhava 2%.

Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) caíam 1,7% e 1%, respectivamente, com o setor ainda afetado pelas perspectivas sombrias para a economia em razão da pandemia, bem como aumento de risco regulatório com potenciais medidas para aliviar os efeitos da crise com efeitos no sistema financeiro. Banco do Brasil (BBAS3) perdia 2,3%.

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Embraer (EMBR3) recuava 5,5%, tendo ainda de pano de fundo rebalanceamento dos MSCI Global Standard Indexes, com exclusão dos papéis da fabricante de aviões do portfólio que passa a vigorar no fechamento do próximo dia 29(https://bit.ly/3679Xnb). Os papéis também seguem minados pelas incertezas após o fracasso no acordo com a Boeing.

XP (XP), que é negociada em Nova York, disparava 16,3%, após mais do que dobrar o lucro líquido no primeiro trimestre, para 415 milhões de reais, com a margem líquida ajustada subindo para 23,9% no período ante 18% nos três primeiros meses do ano passado. A receita líquida subiu 86%, para 1,74 bilhão de reais.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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