Mercados

Ibovespa cai 1,93% para o menor nível em mais de um mês

07 out 2019, 17:54 - atualizado em 07 out 2019, 17:55
Mercados Ibovespa
O Ibovespa caiu 1,93%, a 100.572,77 pontos (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em queda nesta segunda-feira, com ações do setor financeiro entre as maiores pressões negativas, em pregão também marcado por expectativas para negociações comerciais entre Estados Unidos e China na semana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Principal índice de ações brasileiro, o Ibovespa caiu 1,93%, a 100.572,77 pontos, menor fechamento desde 3 de setembro. O giro financeiro da sessão somou 13,4 bilhões de reais.

No exterior, reportagem de que Pequim estaria cada vez mais relutante a aceitar um acordo comercial amplo buscado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, minou a confiança de investidores a poucos dias de nova rodada de conversas.

As negociações entre os dois gigantes econômicos estão marcadas para começarem na quinta-feira. Sinais contraditórios sobre o andamento das conversas têm adicionado volatilidade aos mercados e receios com a desaceleração da economia global.

“Existe grande incerteza em torno do resultado das conversas e os mercados deverão agir prontamente a qualquer novo desenvolvimento”, afirmou a Guide Investimentos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A expectativa que predomina é de mais uma semana de volatilidade … principalmente após dados de atividade terem decepcionado na semana passada e reforçado efeitos negativos do embate sobre a economia americana.”

Após o fechamento do pregão, Trump disse que há boa possibilidade de acordo comercial com a China, mas apuração exclusiva da Reuters mostrou que o Departamento Comercial dos EUA vai indicar 28 entidades comerciais e do governo da China em uma lista negra comercial. O departamento confirmou a informação.

Do cenário doméstico, profissionais do mercado financeiro citaram notícia publicada pelo Diário da Amazônia de que o ministro Paulo Guedes deve deixar o governo em fevereiro como fator que ajudou nas perdas. À Reuters, contudo, um fonte da área econômica do governo negou a informação.

Dados disponibilizados pela B3 mostraram saída líquida de mais de 4,38 bilhões de reais do segmento Bovespa nos três primeiros pregões de outubro, reforçando o viés mais cauteloso no mercado secundário de ações no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma série de ofertas de ações deve ser precificada neste mês, entre elas a da Vivara, na terça-feira, da Helbor, no dia 10, do Banco do Brasil, no dia 17, da C&A e do Banco BMG, dia 24.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Destaques

Banco do Brasil (BBAS3) caiu 3,95%, em meio a uma oferta secundária de ações. No setor, Itaú Unibanco (ITUB4) recuou 1,85%, BTG Pactual (BPAC11) cedeu 2,18% e Santander Brasil (SANB11) caiu 2,24%.

Bradesco (BBDC4)  cedeu 0,64%, mesmo após o segundo maior banco privado do país anunciar proposta de dividendo extraordinário de 8 bilhões de reais, que será avaliada pelo conselho em reunião do próximo dia 17. “Muito positivo”, afirmou o analista Marcelo Telles, do Credit Suisse.

Eletrobras (ELET6) e Eletrobras (ELET3) caíram 6,61% e 7,9%. No fim de semana, a Folha de S.Paulo noticiou que o governo enterrou de vez os planos de injetar 3,5 bilhões de reais para tornar a companhia mais atraente para investidores privados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale (VALE3) desvalorizou-se 1,18%, descolada do movimento mais positivo de mineradoras no exterior.

Raia Drogasil  (RADL3) subiu 0,62%, entre as poucas altas da sessão, no primeiro pregão após encontro da empresa com analistas e investidores, com o BTG Pactual citando perspectivas melhores para a empresa nos próximos trimestres.

Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) caíram 1,28% e 1,56%, respectivamente, apesar da alta dos preços do petróleo no mercado externo.

Compartilhar

A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.